Economia

Indústria avançou em 12 dos 15 locais pesquisados em maio

Destaques foram das indústrias de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul, segundo o IBGE

Correio Braziliense
postado em 08/07/2020 15:16
Produção industrialApós dois meses consecutivos de queda devido à pandemia do novo coronavírus, a indústria brasileira cresceu 7% em maio. E essa recuperação foi sentida em quase todo o Brasil. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial avançou em 12 dos 15 locais pesquisados em maio.

O crescimento de 7% da produção industrial reflete a retomada gradual das atividades industriais, que praticamente pararam em abril devido ao isolamento social imposto pela pandemia de covid-19. "Vemos que 12 dos 15 locais pesquisados atingem crescimento, tendo perfil disseminado de resultados positivos. Isso graças à volta parcial de alguns segmentos que estavam paralisados no mês de abril", comentou o analista da Produção Industrial Mensal (PIM).

A maior contribuição, contudo, veio mesmo de São Paulo, que tem o maior parque industrial do país. A indústria paulista registrou um aumento de 10,6%, puxada pelo retorno da produção de automóveis. Outros destaques foram para a indústria do Paraná, que cresceu 24,1%, igualmente influenciada pelas fábricas automotivas; e para a indústria do Rio Grande do Sul, que cresceu 13,3% em maio, puxada pela fabricação de máquinas e equipamentos.

A produção industrial também avançou acima da média nacional de 7% em Pernambuco (20,5%), Amazonas (17,3%) e na região Nordeste (12,7%). No Centro-Oeste, foram observadas altas de 4,4% no Mato Grosso e de 3% em Goiás.

Só continuaram apresentando retrações em maio, portanto, as indústrias do Espírito Santo (-7,8%), do Ceará (-0,8%)e do Pará (-0,8%).

Saiba Mais

O IBGE lembra, por sua vez, que esse crescimento de 7% ainda não é suficiente para reverter todas as perdas provocadas pela pandemia do novo coronavírus. Afinal, a produção industrial brasileira despencou 9,2% em março e -18,8% em abril. Por isso, o setor acumula uma queda de 11,2% no ano e de 5,4% nos últimos 12 meses.

"Mesmo com o crescimento, ainda estamos num patamar baixo e muito aquém do que já obtivemos. Podemos exemplificar com a indústria paulista, que obteve no mês de maio o segundo pior patamar da série histórica, ficando atrás apenas do patamar de abril de 2020", revelou Almeida.

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