O auxílio emergencial de R$ 600 foi a principal fonte de renda de 93% dos domicílios mais pobres do país e conseguiu elevar o padrão de vida em 23 milhões de residências brasileiras. É o que aponta um estudo da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia.
Divulgada nesta quarta-feira (08/07), a nota informativa da SPE busca avaliar a distribuição e o impacto do auxílio emergencial nas diversas camadas sociais do país. E declara que o benefício "conseguiu atender seus objetivos ao se concentrar nos informais, desocupados e fora da força, em especial, nos decis mais baixos da distribuição".
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A nota lembra que as famílias que vivem na pobreza são aquelas cuja renda mensal é de até R$ 178 por pessoa. Por isso, afirma que o auxílio emergencial permitiu que milhões de famílias brasileiras saíssem da linha da pobreza e da extrema pobreza nos últimos meses.
Como exemplo, a SPE afirma que o rendimento efetivo per capita médio do primeiro decil de renda teria sido de apenas R$ 11 neste momento de isolamento social e paralisação do trabalho informal. Porém, com o auxílio emergencial, foi de R$ 239. "72% dos domicílios no 1º decil obtiveram uma melhora relativa em seus rendimentos com a inserção do auxílio emergencial, migrando-se para os demais decis", diz a nota.
E a SPE destaca que isso não aconteceu apenas no estrato mais pobre da população brasileira. Por isso, calcula que o "auxílio emergencial foi capaz de melhorar o padrão de vida de mais de 23 milhões de domicílios brasileiros". "Eles simplesmente saíram de seu nível (decil) de renda habitual para habitar decis de renda mais altos", destaca.