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Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 04:05

“Adotar práticas sustentáveis é obrigação”
O desenvolvimento a qualquer custo, defendido por algumas alas do governo, não faz sentido no capitalismo do século 21. Um graúdo representante do agronegócio diz que se decepcionou com uma reunião em Brasília ao perceber que funcionários do ministério do Meio Ambiente tratavam o assunto pelo lado ideológico e não técnico. “O pessoal cismou que proteger a floresta é coisa da esquerda”, diz o agricultor. “Isso é bobagem. Adotar práticas sustentáveis não é mais uma questão de oportunidade, mas de obrigação pura e simples. Quem não estiver comprometido com a proteção da floresta fica fora do jogo. Simples assim.” A frase acima parece discurso de ambientalista, mas saiu da boca de um empresário que emprega milhares de pessoas e que está habituado a fazer negócios com clientes de diversos países. Ele lembra do alerta recente, feito por representantes de fundos de investimentos internacionais que falaram em cancelar aportes no Brasil. “Essa turma deu o recado e precisamos abrir o olho.”

Os planos das empresas para proteger os trabalhadores
Uma pesquisa nacional realizada pela Mercer Marsh Benefícios, consultoria especializada em gestão de saúde, mostrou que 51% das empresas têm planos de prevenção para os funcionários que retornarão aos escritórios, fábricas e comércios após o fim do isolamento social. Entre as iniciativas, 65% disseram que a prioridade é aferir a temperatura dos trabalhadores, 31% farão entrevistas para identificar sintomas da covid-19 e 84% fornecerão equipamentos de proteção individual (EPIs).

Bolsonaro e a farra dos bingos ilegais
Está nas mãos do presidente Jair Bolsonaro acabar com a farra dos bingos ilegais que se valem de brecha na legislação para realizar os jogos a pretexto de ajudar falsas entidades beneficentes. A pedido das instituições filantrópicas legais e do Ministério da Economia, o Congresso acabou com esse artifício ao aprovar a MP que liberou sorteios de prêmios na televisão. A emenda, porém, pode ser vetada por Bolsonaro para atender aos grupos interessados na manutenção de jogos ilegais.).

Telemedicina dispara na pandemia
O isolamento social fez o número de consultas virtuais crescerem no país. Dados da Conexa Saúde, startup líder em telemedicina no Brasil, revelam que foram realizadas 600 mil teleconsultas no primeiro semestre. No período, a carteira de clientes da empresa saltou de 100 mil para 1 milhão de vidas e sua expectativa é receber de três fundos de investimentos R$ 140 milhões nos próximos três anos. Até 2021, a meta da Conexa é chegar a 4 milhões de usuários e 15 mil médicos conectados.

» A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), empresa do grupo Neoenergia, freou tratativas para renovar o contrato com a Sykué, termelétrica que gera energia para as cidades do extremo oeste da Bahia. Com isso, a Sykué já prepara a demissão de 160 funcionários e 150 prestadores terceirizados.


»O extremo oeste é vital para o crescimento econômico da Bahia. Estima-se que 54% do cultivo de soja do Nordeste ocorram nas 24 cidades da região. Daí a preocupação com o fim do contrato de fornecimento de energia a partir de agosto.
» A Sykué gera 27 megawatts com o bagaço do capim elefante, originário da África e que prosperou em solo baiano.


» O fenômeno do mercado acionário americano nos últimos 10 anos não é uma empresa de tecnologia, uma grande indústria ou uma gigante de infraestrutura. A vencedora do período é uma vendedora de pizzas. Desde 2010, as ações da Domino’s, que possui 12,5 mil lojas nos Estados Unidos, subiram 3.000%. Os papeis da Amazon cresceram 2.500%.


» Algumas empresas, embora rivais, caminham de mãos dadas. Depois de a americana Apple considerar vender iPhones sem carregador, agora é a vez da sul-coreana Samsung fazer o mesmo. A decisão de excluir os carregadores deverá ser anunciada em breve. Ruim para os consumidores, que pagarão mais para levar menos.

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