Economia

Setor de serviços registra queda de 0,9% em maio

Desempenho do segmento em comparação a abril continua no campo negativo. Em relação a maio de 2019, tombo foi de 19,5%, o maior da série histórica do IBGE

Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 09:45
Setor de serviçosEnquanto indústria e varejo deram sinais de retomada no mês de maio, o setor de serviços, que tem um peso expressivo na composição do Produto Interno Bruto (PIB), continua em queda, comprovando que a recuperação da economia não será tão acelerada como a equipe econômica espera. 

Conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (10/07), a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) registrou recuo de 0,9% no mês de maio, em relação a abril. É a quarta queda consecutiva do setor. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o tombo foi bastante expressivo, de 19,5% --  a maior queda desde o início da série histórica do IBGE. E, no acumulado de janeiro a maio, o recuo do segmento que tem um peso em torno de 70% no PIB, foi de 7,6%, em relação ao mesmo intervalo de 2019.

De acordo com o IBGE, a queda 0,9% de maio em comparação a abril foi acompanhada por três das cinco atividades investigadas, “com destaque para os setores de serviços de informação e comunicação, com queda de 2,5% na margem e que acumula perda de 8,9% nos primeiros cinco meses do ano. O setor de profissionais, administrativos e complementares recuou 3,6% sobre abril e o de outros serviços caiu de 4,6%, terceira taxa negativa seguida e acumulando uma perda de 12,4% entre março e maio de 2020.

Em sentido oposto, as atividades de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio registraram crescimento de 4,6%. Serviços prestados às famílias tiveram alta de 14,9%, recuperando parte das perdas registradas nos últimos meses, segundo o IBGE.

Na comparação com maio de 2019, a taxa negativa de quase 20% foi a maior desde o início da série histórica. Todas as cinco atividades de divulgação apresentaram retração e menos de um quarto (22,3%) dos 166 tipos de serviços investigados tiveram crescimento. Os setor de serviços prestados às famílias, com tombo de -61,5%, foi uma das principais influências negativas sobre o volume total de serviços, uma vez que foram fortemente impactados pelas medidas de isolamento social implementadas em todo o país

A queda de 7,6% no acumulado de janeiro a maio frente a igual período de 2019 teve quatro das cinco atividades de divulgação com desempenho negativo e e expansão em apenas 27,7% dos 166 tipos de serviços investigados. Os serviços prestados às famílias exerceram a influência negativa mais relevante, de 31,0%. 


Atividades turísticas


Conforme os dados do IBGE, devido ao início do afrouxamento das medidas de isolamento social, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 6,6% entre abril e maio, recuperando uma parcela da queda acumulada desde março, de 68,1%. O instituto informou que regionalmente, 10 das 12 unidades da federação acompanharam este movimento de expansão observado no Brasil, com destaque para Rio de Janeiro (15,5%), seguido por Minas Gerais (13,5%), Paraná (19,3%) e Santa Catarina (25,4%). 

Na comparação maio de 2019, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil recuou 65,6% no quinto mês de 2020, terceira taxa negativa seguida, pressionado, principalmente, pela queda de receita de transporte aéreo, restaurantes, hotéis, rodoviário coletivo de passageiros e serviços de bufê. Em termos regionais, todas as doze unidades da federação onde o indicador é investigado mostraram recuo nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (-66,1%), seguido por Rio de Janeiro (-60,8%), Minas Gerais (-61,1%), Bahia (-73,0%), Paraná(-62,3%) e Rio Grande do Sul (-71,7%).

Saiba Mais

“No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas mostrou retração de 29,9% frente a igual período do ano passado, pressionado, sobretudo, pelos ramos de restaurantes; transporte aéreo; hotéis; rodoviário coletivo de passageiros; e catering, bufê e outros serviços de comida preparada”, destacou o IBGE. Regionalmente, todos os doze locais investigados também registraram taxas negativas, com destaque para São Paulo (-31,5%), seguido por Rio de Janeiro (-25,4%), Minas Gerais (-30,2%), Rio Grande do Sul (-35,8%), Paraná (-30,2%) e Bahia (-27,9%).

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