Correio Braziliense
postado em 10/07/2020 16:59
Ao participar de uma webinar sobre ferrovias, nesta sexta-feira (10/7), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, saiu em defesa do governo sobre a política ambiental do país. Para ele, o Brasil é líder em preservação e não o vilão, como alegam fundos de investimentos e grandes empresários, que têm cobrado ações mais efetivas no combate ao desmatamento da Amazônia. A devastação, por sinal, bateu novos recordes, segundo dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).“O Brasil tem a segunda maior reserva florestal, mais de 60% das matas nativas, 84% da floresta amazônia preservada e 42% de matriz energética renovável. Nós não somos vilões, absolutamente. Nós somos líderes”, afirmou. Segundo ele, o país tem vários empreendimentos que coexistem com a proteção ambiental.
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“O programa ferroviário está sendo desenvolvido nesse contexto. Totalmente verde. E a gente tem expectativas de que isso continue acontecendo, porque o fluxo financeiro vai estar atrelado aos padrões ambientais, então vamos estruturar projetos sustentáveis”, disse.
Os dados do Inpe, no entanto, apontam que a degradação na Amazônia Legal aumentou 64% de agosto de 2019 a junho de 2020. Foram 7.540 km² de desmatamento ante 4.589 km² entre agosto de 2018 e junho de 2019. Apenas em junho, houve alertas de desmatamento em uma área de 1.034 km², aumento de 11% em relação ao mesmo mês do ano passado (935 km²). Foi o pior mês desde 2007. No ano, de 1º de janeiro a 30 de junho deste ano, 3.070 km² de floresta foram desmatados, 26% a mais do que o mesmo período do ano passado. Os números referem-se aos 11.822 alertas de desmatamento nos primeiros seis meses do ano.
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