Presidente do BNDES: "Não faltará crédito para investimentos em saneamento"

O banco tem uma carteira de R$ 50 bilhões pronta para ser oferecida a iniciativa privada. Segundo Gustavo Montezano, a instituição também vai atuar como estruturadora de projetos

Correio Braziliense

postado em 15/07/2020 14:49

Não vai faltar dinheiro para os investimentos privados em obras de saneamento, garantiu, nesta quarta-feira (15/7), o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Gustavo Montezano, após a sanção do Projeto de Lei 4.162/2019, que moderniza o marco legal do setor. Segundo ele, o banco de fomento vai apoiar empresas com dois pilares: financiamento e estruturador de projetos para definir a modelagem de políticas públicas. O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, destacou que o BNDES tem uma carteira de R$ 50 bilhões pronta para ser oferecida a iniciativa privada. 

“A gente encerra o ciclo legislativo e ao mesmo tempo inicia a jornada da execução. A base é fundamental para que possam ocorrer investimentos na próxima década. Este marco vai ser o maior gerador da redução de desigualdade social da nossa história. Por isso, saneamento é o setor prioritário para o banco”, garantiu Montezano. “Não faltará crédito em reais no longo prazo”, destacou.

Segundo Montezano, além de financiar os projetos, o BNDES atuará como estruturador, porque “a boa engenharia é fundamental para que os recursos sejam aportados em tempo e a contento”. “Temos cinco grandes metas”, explicou. 

Linhas mestras

As linhas mestras que balizam a orientação do BNDES em relação ao saneamento começam por não deixar nenhum município de fora. “Toda a população será coberta”, disse. A segunda meta é respeitar a capacidade de pagamento de cada localidade, considerando o valor das tarifas conforme as condições financeiras da região. “A terceira meta é atingir a universalização no menor tempo possível”, continuou. 

A quarta linha do BNDES é abrir a competição. “Seja qual for o modelo, queremos ampliar a concorrência. E, por fim, temos o objetivo de garantir a sustentabilidade financeira dos projetos”, enumerou. Montezano disse, ainda, que há uma enorme demanda dos estados para tocar a agenda para a frente. “O BNDES está de braços abertos e satisfeito em fazer parte dessa missão”, concluiu.

Ao afirmar que o BNDES tem uma carteira de R$ 50 bilhões para ser oferecida à iniciativa privada, o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogerio Marinho, destacou que o primeiro leilão será em Alagoas, em setembro, de um dos três lotes segmentados no estado. “No Amapá, um consórcio de 16 municípios está sendo montado e o mesmo está acontecendo no Acre. Rio de Janeiro e São Paulo já fizeram suas tratativas para performar suas respectivas carteiras”, afirmou.