Mercado não crê em reforma tributária em 2020
O ministro Paulo Guedes insiste que a reforma tributária sairá em 2020, mas sua cantilena parece não convencer mais o mercado financeiro. É isso o que mostra uma pesquisa realizada pelo próprio Ministério da Economia. O levantamento publicado no Boletim Macro Fiscal consultou 41 instituições brasileiras: 27 disseram que a reforma será aprovada até o final do ano que vem, 11 acham que ela sequer sairá do papel e apenas três acreditam que passará no Congresso ainda em 2020. É fácil entender os motivos que levam à desconfiança do mercado. O tema não foi discutido com profundidade pela sociedade e muitos empresários reclamam que sequer foram consultados para sugestões. Também é importante lembrar que haverá eleição municipal no final do ano. Cada vez mais, os olhares dos congressistas e do próprio governo estarão voltados para a campanha, o que tradicionalmente atrasa votações em Brasília. Guedes é um dos poucos a não enxergar isso.
O custo do desprezo pela floresta
A derrubada da floresta continua na agenda do dia. Segundo estudo realizado pela inglesa London School of Economics (LSE), em parceria com o centro de pesquisas Planet Tracker, a devastação da Amazônia traz sérios riscos financeiros ao Brasil. O levantamento estima que 34% dos títulos soberanos brasileiros estão expostos a políticas de desmatamento e as exportações de matérias-primas serão duramente afetadas se as ações na área ambiental do governo continuarem equivocadas.
Riachuelo quer oferecer contas digitais aos clientes
As grandes redes varejistas apostam suas fichas no ambiente on-line. Nesta semana, o Grupo Guararapes, dono da Riachuelo, solicitou ao Banco Central a autorização para oferecer contas digitais aos clientes. A empresa cita como motivo “a transformação do modelo de negócios na direção de se tornar uma grande plataforma digital centrada no cliente”. Em fato relevante divulgado ao mercado, a companhia também informou que desistiu de transformar sua financeira, a Midway, em banco.
Hapvida aposta na Região Sudeste
A pandemia não freou o ímpeto de grandes empresas do setor de saúde. Uma das maiores operadoras do país, a Hapvida vai desembolsar R$ 320 milhões para comprar as operações do Grupo São José, que atua no ramo de saúde suplementar no interior de São Paulo e que possui uma carteira com 51 mil beneficiários, além de dois hospitais com 104 leitos. Com forte atuação no Norte e Nordeste, a Hapvida planeja expandir sua presença no Sudeste. Minas Gerais e Rio de Janeiro estão na mira da empresa.
Rapidinhas
• A Via Varejo, dona das marcas Casas Bahia e Ponto Frio, alcançou resultados consistentes na crise do coronavírus. No Distrito Federal, as compras de telas (TVs e monitores) passaram a representar 19% da receita regional da empresa, um crescimento de cinco pontos percentuais na comparação com o período pré-pandemia.
• As vendas de TVs de 32, 50 e 55 polegadas aceleraram 200% e ultrapassaram os negócios com celulares. Para Marcelo Ubriaco, diretor de operações da Via Varejo, o bom desempenho se deve às melhorias das plataformas digitais e à conveniência de receber em casa ou retirar o produto pelo sistema drive-thru nas lojas físicas.
• O Facebook lançou um programa para socorrer publicitários que perderam o emprego na pandemia. Chamado de “Projeto Rise”, consiste na oferta de cursos sobre o uso de plataformas sociais e o desenvolvimento de conteúdos, entre outros temas relativos à profissão. O programa começa em julho e vai até o final de dezembro.
• Os pequenos negócios, os mais atingidos pelas restrições impostos pela quarentena, começam a esboçar uma reação. Segundo um estudo realizado pelo Sebrae, entre os dias 25 e 30 de junho, 51% das empresas pesquisas relataram perdas de faturamento durante a crise. No levantamento anterior, feito em abril, o índice estava em 70%.
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