Economia

Petrobras anuncia aumento de 4% na gasolina e de 6% no diesel

Os novos valores dos combustíveis na refinaria passam a valer a partir de amanhã, 17 de julho. É o 22º reajuste da gasolina no ano e 10ª elevação. O diesel foi reajustado 16 vezes em 2020

Correio Braziliense
postado em 16/07/2020 12:41

Carro vermelho sendo abastecidoA Petrobras anunciou, nesta quinta-feira (16/7), mais um reajuste no preço dos combustíveis na refinaria. A gasolina terá aumento de 4% e o diesel, elevação de 6%. Os novos valores passam a vigorar a partir da sexta-feira (17/7). Com o novo reajuste, 22º no ano, sendo a 10ª elevação, o litro da gasolina passará a custar R$ 1,725 nas refinarias. Em julho, é o terceiro aumento seguido e, desde 7 de maio, o combustível tem subido religiosamente uma vez por semana. No ano, ainda acumula queda de 10,2%

O último aumento do diesel foi anunciado no primeiro dia de julho, de 6%, quando passou a custar, para as distribuidoras, R$ 1,72 por litro. Com o novo reajuste, de mais 6%, o valor passa a ser de R$ 1,83 por litro de diesel. No acumulado do ano, a redução do preço é de 21,5 %.

 

Segundo a estatal, este ano, foram 22 reajustes no litro da gasolina e 17, no do diesel, sendo 10 aumentos e 12 reduções para o primeiro e seis aumentos e 11 reduções no litro do segundo.

O estudante e morador da Asa Norte, Gabriel Alves, 24 anos, não está utilizando o carro ultimamente por causa da pandemia. Ele acha injusto tantos reajustes em um momento de menor consumo nos postos. “É complicado para todos. Porém é mais pra quem precisa sair para trabalhar na pandemia e quer evitar transporte coletivo. Fica mais difícil”, disse.

O mestre de obras João Martins, 56, morador de Taguatinga, afirmou que a gasolina estava com preços baixos no início da pandemia. Porém, agora, com a abertura de comércio está voltando a encarecer. “Antes, estava barata e tinha pouca gente na rua. Hoje, com a volta de muitos ao trabalho, os preços voltaram a aumentar. É um absurdo”, desabafou.

Apesar do novo reajuste, o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicombustíveis), Paulo Tavares, destacou que os valores das refinarias ainda não estão sendo repassados às bombas dos postos de combustíveis. “Já tivemos dois aumentos no mês, vai ter mais um hoje e ninguém revendedor está repassando”, ressaltou.

Segundo ele, os estabelecimentos não têm como prever se haverá um movimento de alta. “Se o meu vizinho não repassa, eu também não repasso. Os donos de postos ficam com medo de aumentar o combustível e não atrair clientes. Estamos com prejuízo cada vez maior. Vamos para o quarto aumento seguido sem repassar para o consumidor”, explicou.

No plano piloto, o litro da gasolina já está acima de R$ 4. Em alguns postos, como no Setor de Indústrias Gráficas, o valor chega R$ 4,25. Porém, nas cidades do Entorno, ainda é possível encontrar o combustível mais barato. Em Ceilândia, há postos vendendo à vista por R$ 3,78. A média, contudo, está em R$ 3,99.

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