As cooperativas de crédito vão liberar entre R$ 30 bilhões e R$ 35 bilhões para os produtores rurais dentro do Plano Safra deste ano, segundo o gerente de Agronegócios do Sicoob, Raphael Silva Santana. Ele garantiu que nenhum agricultor que precisar de dinheiro para produzir ficará sem recursos. “Podem procurar qualquer cooperativa de crédito que todos ficarão felizes. Tem crédito para todo mundo” disse ele, em entrevista ao CB.Agro, exibido todas às sextas, a partir das 13h20, pela TV Brasília, em parceria com o Correio Braziliense.
Santana ressaltou que, somente no primeiro dia de vigência do Plano Safra, as cooperativas liberaram mais de R$ 15 milhões, reforçando que os produtos rurais estão ávidos por dinheiro para o plantio. “Nós acreditamos que todas as cooperativas de crédito devem liberar de R$ 30 bilhões a R$ 35 bilhões. Temos bastante recursos”, frisou. As cooperativas estão ocupando espaço que, até bem pouco tempo, era dominado pelo Banco do Brasil, o que é muito bom, no entender do Banco Central.
Para o gerente de Agronegócios do Sicoob, mesmo diante da pandemia do novo coronavírus, não faltaram recursos para o setor rural, que continuou produzindo a todo vapor. “Nada parou no campo. Até conseguimos alguns espaços para avançar durante a pandemia, que nos trouxe oportunidades”, avaliou.
Uma delas foi a ajuda dada pelo Banco Central, no final da última safra. Por meio de uma linha emergencial de crédito, o BC liberou R$ 1,2 bilhão para que as cooperativas atendessem aos produtores. Os recursos se esgotaram em dois dias. E as cooperativas estão pedindo mais, devido à demanda. Há uma fila de espera grande.
“Dinheiro não faltou, e conseguimos avançar mais ainda no fim da última safra, que acabou no mês de junho, devido a algumas medidas do Banco Central focadas no agronegócio e nas cooperativas de crédito. Isso acabou por incentivar mais ainda o produtor rural a buscar os recursos para a safra que está começando e para finalizar a anterior”, destacou Santana.
Meio ambiente
Santana explica que as cooperativas possuem uma política de responsabilidade socioambiental para aprovar empréstimos. “Verificamos se aquele produtor tem trabalho escravo na propriedade, se está cumprindo as regras trabalhistas e a regulamentação ambiental. Se ele não se enquadra ou tem algum problema, o financiamento não é liberado” esclareceu. Ele explicou que “é uma política aprovada por todas as cooperativas e também pelo Banco Central, que fica de olho nos financiamentos”.
*Estagiário sob a supervisão e Odail Figueiredo
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