Economia

Plano de Ação de países ricos chega a 15% do PIB

Correio Braziliense
postado em 19/07/2020 04:05

Após reunião virtual realizada ontem, comunicado de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, grupo das 19 principais economias desenvolvidas e emergentes do planeta mais a União Europeia, informou que o Plano de Ações atualizado com medidas de suporte aos negócios contra a pandemia de covid-19 nos países ricos chegou a 15% do Produto Interno Bruto (PIB) dessas nações. Enquanto isso, os membros em desenvolvimento gastaram 4% do PIB.  


De acordo com as atualizações do G20, com base em dados do Fundo Monetário Internacional (FMI), o suporte às empresas respondeu pela maior parcela da ajuda financeira disponibilizada nos dois casos — entre as economias desenvolvidas, as medidas que não eram dirigidas às empresas chegaram a 7,5% do PIB, e entre as emergentes, a 2,5%, em média.


Outro ponto destacado nas atualizações sobre o plano de ação é que as medidas de que os governos lançaram mão foram focadas, o que evitou maiores custos fiscais e, ao mesmo tempo, conseguiram evitar uma “onda de insolvências” de empresas que têm viabilidade operacional.


No campo das medidas de preservação de emprego, os gastos ultrapassaram a casa de US$ 1,1 trilhão, quantia que foi aplicada pelos países avançados, o equivalente a 2,5% das economias do grupo. Nos países emergentes, o gasto foi de US$ 22,5 bilhões, ou 0,1% do PIB em média.


No auxílio individual, ou seja, à população, os volumes de recursos foram de cerca de US$ 1 trilhão em países avançados, ou 2,5% do PIB, e de US$ 128 bilhões em nações emergentes, ou 0,6% do PIB. Nestes casos, os recursos foram aplicados para proteger trabalhadores que perderam o emprego e facilitar acesso a alimentos das populações vulneráveis, por exemplo.

Comércio
Citando dados da Organização Mundial do Comércio (OMC), as atualizações ao Plano de Ação afirmam que estimativas preliminares dão conta de uma queda de 19% no volume de comércio internacional na comparação anual, com a disseminação da pandemia em um número maior de países.


De acordo com a OMC, foram implementadas 154 novas medidas relacionadas ao comércio internacional entre meados de outubro de 2019 e meados de maio de 2020. Sessenta por cento delas foram relacionadas à pandemia. Neste grupo, que responde por 93 iniciativas, 65 facilitaram o comércio internacional, e 28 restringiram os fluxos de mercadorias.


No comunicado do grupo de finanças, ao qual as atualizações foram anexadas, o G20 afirma que a pandemia reafirmou a necessidade de que mais soluções de pagamento transfronteiriças sejam implementadas, inclusive no âmbito de remessas de recursos.
O encontro ministerial virtual ocorreu ontem sob a presidência da Arábia Saudita. O ministro da Economia, Paulo Guedes, não participou do encontro, apesar de o compromisso estar na agenda dele de ontem mas a agenda foi alterada de última hora. Com isso, o ministro foi representado pelo secretário de Assuntos Econômicos Internacionais, Erivaldo Gomes. Pelo Banco Central, a diretora da Área internacional da instituição, Fernanda Nechio, foi a interlocutora. Uma das observações feitas pelos representantes brasileiros no encontro foi que o impacto fiscal do programa de apoio à economia  atinge quase 10% do PIB doméstico, mas as medidas ajudam a mitigar os reflexos negativos sobre o crescimento da atividade local.    

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