Economia

Bolsa sobe 1,49% e dólar cai 0,65%, cotado em R$ 5,34

O Principal índice de lucratividade, Ibovespa passa dos 104 mil pontos, embalado com os avanços das vacinas contra o novo coronavírus e pelo lançamento de ações no mercado

Correio Braziliense
postado em 20/07/2020 18:26
O Principal índice de lucratividade, Ibovespa passa dos 104 mil pontos, embalado com os avanços das vacinas contra o novo coronavírus e pelo lançamento de ações no mercadoA semana começa bem no mercado, embalado pelos avanços das vacinas contra o novo coronavírus, pela oferta vinculante de compra da parte móvel da Oi pelas teles concorrentes e pela expectativa de 30 a 40 processos de lançamento de ações em bolsa. Principal índice de lucratividade da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), o Ibovespa teve alta de 1,49%, aos 104.426 pontos. O dólar recuou 0,65%, cotado em R$ 5,34. 

Paradas no primeiro semestre do ano, por conta da pandemia, as ofertas públicas de ações (IPO, na sigla em inglês) devem ser retomadas neste semestre. A expectativa é que as aberturas de capital movimentem entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões até o fim do ano. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que controla o mercado de capitais no Brasil, tem 21 pedidos de IPO sob análise. 

Segundo Gustavo Bertotti, economista da Messem Investimentos, as notícias sobre vacinas e uma reunião,em Bruxelas, para aprovar pacote de ajuda de R$ 750 bilhões de euros, foram os  sinais positivos do cenário externo. “No mercado doméstico, a retomada do debate sobre as reformas, como a tributária, e a expectativa pelos IPOs têm agenda feito o mercado manter a trajetória ascendente. Apenas em julho, a Bolsa acumula alta de quase 10% (9,86%)”, disse.

O cenário de juros baixos tem feito os investidores apostarem mais no mercado de capitais. “Como há cada vez mais CPFs na Bolsa, porque os juros estão muito baixos em renda fixa, a hora para IPOs é boa. A empresa, em vez de contrair dívida, abre capital na Bolsa”, avaliou. O cenário é favorável também porque, no primeiro semestre, os IPOs que vinham se ensaiando desde o segundo semestre de 2019, ficaram represados, afirmou o especialista.

A recuperação do mercado financeiro buscando os 104 mil pontos surpreendeu o economista. “A previsão era voltar aos 100 mil no fim do ano. Mas está acelerando”, assinalou. Pontualmente no pregão desta segunda-feira (20/7), as altas expressivas das empresas de telecomunicações listadas contribuíram para o desempenho da B3. 

“A Oi, em recuperação judicial, com nível de endividamento muito alto, fatiando as operações e colocando no mercado é muito positivo. A companhia precisa se capitalizar e passar confiança para os investidores. Era um papel muito volátil”, destacou. Hoje, as ações da Oi se valorizaram 9% e os papéis da Tim e da Vivo, em torno de 6%. 

Processos

Outros ativos cujas ações dispararam foram os papéis da Via Varejo, com altas de mais de 7%, porque a empresa divulgou números operacionais, no Twitter, com volumes muito acima do esperado pelos investidores, em pleno dia de vencimento. As publicações foram apagadas horas depois, porque configuram manipulação do mercado. A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve entrar com processo e não será o primeiro contra a empresa: outros dois foram abertos neste ano sobre informações divulgadas pela companhia com efeito em preço de ação.

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