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Correio Braziliense
postado em 21/07/2020 04:05
“O governo também está atento ao sufoco enfrentado pelos pequenos e médios empreendedores”


Mais crédito para as pequenas empresas
As pequenas empresas, as mais atingidas pela crise do coronavírus, começam a encontrar algum alento no mercado financeiro. Ontem, o Banrisul anunciou uma linha de crédito para firmas que faturam até R$ 360 mil, com carência de três meses para o pagamento da primeira parcela. Já o Sebrae lançou um programa que promete oferecer crédito on-line em, no máximo, sete dias. Fruto de parceria com as fintechs BizCapital e Nexoos, a iniciativa prevê carência de seis meses, prazo de pagamento de quatro anos e taxas de juros de 0,7% ao mês. Na primeira fase, a ideia é atender 3 mil empresas e liberar R$ 50 milhões. O governo também está atento ao sufoco enfrentado pelos pequenos e médios empreendedores. Na semana passada, editou uma medida provisória que cria uma linha de crédito com vigência até o final do ano para companhias com receita anual de, no máximo, R$ 300 milhões. Os bancos que aderirem à modalidade poderão obter benefícios fiscais. 



Via Varejo publica e depois apaga postagem no Twitter
A Via Varejo divulgou no Twitter dados espantosos sobre o crescimento de vendas de itens como televisões (alta de 1.900% na comparação com um ano atrás) e games (avanço de 2.500%) no mês de junho. Depois de um breve tempo no ar, as postagens foram apagadas. A empresa não confirmou os números, mas os investidores se animaram — não apenas por esse motivo. A Via Varejo vive uma revolução digital, com mais vendas nas plataformas on-line. Ontem, as ações da companhia subiram 7,35%. 



“As responsabilidades das empresas mudaram e estamos nos afastando do propósito de somente crescer. Agora é preciso ter responsabilidades com comunidades e funcionários e investir em uma economia sustentável”
Adena Friedman, presidente da Nasdaq, a bolsa de tecnologia do Estados Unidos



40%
é quanto vai cair o investimento estrangeiro direto no Brasil em 2020, segundo projeções da The Economist Intelligence Unit. Para a divisão de pesquisa e análise do grupo Economist, a queda será resultado da instabilidade política, do desmatamento acelerado da Amazônia — tema sensível para investidores internacionais — e da pandemia do coronavírus.



British aposenta icônico Jumbo
O icônico Boeing 747, conhecido no mercado como “Jumbo”, está com os dias contados. Dona da maior frota do modelo, a inglesa British Airways anunciou que irá aposentar suas 31 aeronaves. Com isso, restarão só 30 aviões 747 em operação, pertencentes à alemã Lufthansa e à sul-coreana Korean Air. O Jumbo foi durante muito tempo o maior avião do mundo, com capacidade para transportar 500 passageiros. Nos últimos anos, começou a ser substituído pelo A350, da Airbus, e pelo 787, da própria Boeing. 



Somos dá 30 mil aulas digitais por dia
A Somos Educação, braço de ensino básico da Cogna, alcançou a marca de 2 milhões de aulas digitais durante o período de isolamento social. Segundo a empresa, diariamente, são realizadas cerca de 30 mil aulas ao vivo para 1,3 milhão de estudantes de 4 mil escolas que adotaram a plataforma on-line Plurall. “Para se ter uma ideia, um em cada cinco alunos da educação básica privada no país usa o sistema Plurall”, diz Rodrigo Galindo, presidente da Cogna. 



Rapidinhas

Pela primeira vez na história, a Amazon se tornou o maior anunciante dos Estados Unidos. Em 2019, segundo estudo da empresa de pesquisas Leading National Advertisers, a companhia de Jeff Bezos investiu US$ 6,9 bilhões em publicidade —um recorde. A Amazon superou gigantes como Comcast, AT&T, P&G e Walt Disney. 

A Disney aderiu ao movimento que prega a interrupção de anúncios no Facebook, acusado de não combater discursos de ódio. Segundo o jornal americano The Wall Street Journal, a empresa de Mickey cortou gastos com publicidade na rede de Mark Zuckerberg. A Disney foi quem mais anunciou no Facebook no início do ano. 

O relaxamento da quarentena não é garantia de retomada da economia. E por uma simples razão: as pessoas estão com medo. Segundo pesquisa da Culture Lab, divisão da agência Africa, 76% dos entrevistados não concordam com a flexibilização. O estudo foi feito em junho com moradores de diversas regiões do país. 

Começa hoje a nova temporada de divulgação de balanços. Poucas vezes o mercado esteve tão ansioso. As empresas vão anunciar os resultados do segundo trimestre, período que abrange o auge da pandemia do coronavírus. A partir dos números apresentados, será possível ter uma noção mais precisa a respeito dos danos causados pela crise. 


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