Um jovem para o BB

Ministro da Economia quer alguém dinâmico e que "aguente o tranco" para substituir Rubens Novaes na presidência do banco

Correio Braziliense

postado em 26/07/2020 04:09

O ministro da Economia, Paulo Guedes, procura alguém “mais jovem e dinâmico” e que “aguente o tranco” para assumir a presidência do Banco do Brasil (BB) com a saída de Rubens Novaes. Para Guedes, que segue com vários nomes na mesa, o cargo requer alguém disposto a encarar as inovações do sistema financeiro e também a pressão política de Brasília.

O perfil moderno e resiliente está no radar porque Novaes, ao pedir demissão, disse que a instituição deveria ser dirigida por alguém afinado com as transformações tecnológicas. Também revelou cansaço com o “ambiente poluído” de “privilégios, compadrio e corrupção” de Brasília e havia se incomodado com a polêmica sobre gastos de publicidade e privatização do banco. Guedes quer alguém com disposição para travar esses embates.

O ministro não descarta uma solução caseira. Vice-presidentes do BB estão na lista de possíveis sucessores, como Mauro Ribeiro Neto (Corporativo), Carlos Hamilton (Gestão Financeira e Relação com Investidores), Walter Malieni (Negócios de Atacado) e Carlos Motta (Varejo). O presidente do conselho de administração do BB, Hélio Magalhães, também aparece no páreo. Ainda estão cotados o presidente do conselho de administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Marcelo Serfaty, e o presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães.

Como Guimarães admitiu estar feliz na Caixa, fontes do BB acreditam que Mauro Neto pode se dar bem. Ele tem experiência no serviço público. É jovem e atuou com desestatizações. Logo, poderia tocar a agenda liberal de Guedes. O destino de Novaes é o Rio de Janeiro, mas segue na equipe econômica, como assessor.




Governo vai mandar PL para privatizar Correios
Para tentar destravar a privatização dos Correios, o governo federal pretende apresentar ao Congresso um projeto de lei que desobrigue a União de prestar os serviços postais do país. O projeto está sendo discutido no âmbito do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) e do Ministério das Comunicações. Segundo a secretária especial do PPI, Martha Seillier, essa discussão ganhou força depois que Fábio Faria assumiu as Comunicações. "Os estudos de viabilidade técnica da desestatização dos Correios estão avançando. Até o final da semana que vem, no máximo na próxima semana, teremos a seleção dos consultores (que farão os estudos", disse ontem, em live do IDP.