O impacto do coronavírus para o turismo
Apesar da expectativa de retomada do turismo no segundo semestre, a crise do coronavírus deixará sequelas no setor. Segundo estimativa da Federação Brasileira de Hospedagem e Alimentação (FBHA), pelo menos 3 mil hotéis deverão fechar em definitivo no país. A situação é dramática. A pandemia eliminou 275 mil vagas formais de trabalho e provavelmente elas serão repostas apenas a partir do ano que vem. Em junho, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Fórum das Operadoras Hoteleiras, o índice de ocupação dos hotéis brasileiros foi de 8,9%, o percentual mais baixo da história. Em julho, mês tradicionalmente forte para o turismo, a taxa não deverá passar de 11%. Não tem sido fácil a vida dos empresários do ramo hoteleiro. Nos últimos anos, eles sofreram com a concorrência pesada de serviços como o Airbnb e muitos tiveram de reformular suas operações para enfrentar as mudanças do mercado. O coronavírus, porém, parece ser um inimigo ainda mais poderoso.
Casas Bahia quer alta renda
Um ano depois de assumir o comando da empresa, a nova gestão da Via Varejo irá reposicionar a marca Casas Bahia. Uma das ideias é fisgar o público de alta renda. As lojas serão mais tecnológicas, permitindo ao cliente fechar a compra com o próprio atendente, sem precisar ir ao caixa. A empresa também busca diversidade. Em nova campanha publicitária, um dos destaques é um casal gay. O mercado aguarda com expectativa a divulgação de resultados da Via Varejo, programada para 12 de agosto.
Contratações temporárias crescem na crise
Em um cenário de empregos escassos, as contratações temporárias podem ser uma saída para milhões de brasileiros. Projeções da Asserttem, a associação do setor, apontam para um aumento de até 16% para esse tipo de vaga em 2020. Há duas explicações para o aumento. A primeira delas é a crise do coronavírus, que levará muitas empresas a optar pela modalidade. A segunda é a publicação do Decreto 10.060/19, que possibilitou a contratação por prazo limitado e com encargos reduzidos.
Kimberly-Clark lança loja virtual
A Kimberly-Clark, multinacional americana de produtos de higiene pessoal, vai aproveitar o aumento expressivo do consumo de papel higiênico durante a pandemia para vender diretamente ao consumidor. A empresa lançou um site exclusivo para isso, chamado de “essencialpravc”. Nele, além do papel higiênico, será possível adquirir fraldas e lenços umedecidos, entre outros itens. No segundo trimestre, a companhia teve lucro global de US$ 681 milhões, alta de 40% sobre o mesmo período de 2019.
Rapidinhas
» A diminuição de viagens durante a pandemia afetou a circulação de mercadorias no mundo, seja por aviões, navios ou veículos terrestres. Como não poderia deixar de ser, o contrabando também encolheu. No primeiro semestre, a Receita Federal apreendeu R$ 1,38 bilhão em mercadorias ilegais, resultado 10% menor do que no mesmo período de 2019.
A companhia aérea irlandesa Ryanair, famosa por ter popularizado o mercado de baixo custo, não resistiu à crise: no segundo trimestre, a empresa registrou o primeiro prejuízo de sua história. As perdas somaram 185 milhões de euros. No auge da pandemia, a Ryanair chegou a ter 99% de sua capacidade de voos reduzida.
O Google vai manter seus 200 mil funcionários em home office até julho de 2021, segundo informações do jornal americano The Wall Street Journal. A decisão deve alterar os planos de outras empresas de tecnologia. Como referência do setor, o Google costuma ter suas decisões replicadas pelos rivais.
O home office parece mesmo ser irreversível. Segundo um estudo global realizado em junho pela empresa de pesquisa de mercado Gartner, 82% dos empregadores disseram que permitiriam que os funcionários trabalhassem em casa permanentemente. Se isso ocorrer, as sedes urbanas dessas companhias deixarão de existir ou irão ocupar áreas menores.
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