Economia

Trabalho remoto cai pela primeira vez desde o início da pandemia, diz IBGE

Segundo a Pnad Covid19, cerca de 643 mil brasileiros saíram do home office só na segunda semana de julho

Correio Braziliense
postado em 31/07/2020 09:52
Trabalho remotoCom a flexibilização do isolamento social, começou a cair o número de brasileiros que estão trabalhando de forma remota devido à pandemia do novo coronavírus. A primeira queda desse indicador foi observada neste mês de julho, informou nesta sexta-feira (31/07) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Segundo a Pnad Covid19 - pesquisa semanal do IBGE que mensura o impacto do novo coronavírus no mercado de trabalho brasileiro, cerca de 8,9 milhões de brasileiros adotaram o trabalho remoto durante a pandemia. No início deste mês, por exemplo, eram 8,86 milhões de trabalhadores nessa situação. Na segunda semana de julho, contudo, só 8,2 milhões o número de trabalhadores continuavam no home office. A redução é de 11,6% e mostra que, em apenas uma semana, cerca de 643 mil brasileiros saíram do trabalho remoto.  

“Essa é a primeira queda significativa nesse grupo desde o início de maio, quando a pesquisa começou. A redução foi observada tanto em valores absolutos quanto percentuais e reflete o que já estamos vendo, que é o retorno de parte dessas pessoas aos seus locais de trabalho antes da pandemia”, comentou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.

A Pnad Covid19 também constatou uma queda no número de pessoas que estavam temporariamente afastadas das suas atividades profissionais devido à pandemia. E, aqui, a redução foi ainda maior. É que esse contingente passou de 8,3 milhões para 7 milhões de trabalhadores entre a primeira e a segunda semana de julho. “O distanciamento social vem deixando de ser motivo para o afastamento das pessoas do trabalho. Elas estão alegando outras razões, como licença para tratamento de doença e licença maternidade, por exemplo”, contou Maria Lúcia.

Saiba Mais

A coordenadora do IBGE lembrou, contudo, que parte dessas reduções também pode ser creditada ao aumento do desemprego. É que, apesar de a flexibilização do isolamento social ter permitido a reabertura de uma série de atividades econômicas e o consequente retorno dos trabalhadores, o desemprego segue avançando no país. Segundo a Pnad Covid19, a taxa de desocupação subiu de 12,3% para 13,1% só entre a primeira e a segunda semana de julho. Isso significa que, nesse período, o número de brasileiros que estão sem emprego saltou de 11,5 milhões para 12,2 milhões.

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