Economia

Novo presidente do Banco do Brasil deve ser apontado em breve

As apostas entre os agentes financeiros agora tomam força em torno de André Brandão, presidente do HSBC no Brasil, embora Guedes não assuma publicamente

Correio Braziliense
postado em 31/07/2020 11:16
Banco do BrasilEstá prestes a ser apontado o sucessor de Rubem Novaes, que deixou o cargo na semana passada, na presidência do Banco do Brasil. Após conversas, negociações e acertos entre o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o presidente Jair Bolsonaro, e de sondagens a executivos do mercado que recusaram o convite, as apostas entre os agentes financeiros agora tomam força em torno de André Brandão, presidente do HSBC no Brasil, embora Guedes não assuma publicamente. Quando perguntado, a resposta é de que não fala em nomes porque “pode atrapalhar”, mas garante que a indicação pode sair “em um dia, três ou um pouco mais de dias".

De acordo com a colunista Sonia Racy, subiram para 98% as chances de Brandão assumir o BB. Conhecido no mercado, ele está à frente do HSBC desde 2012. A demora para tomar posse seria porque ele ainda tem que cumprir a burocracia de desincompatibilização da presidência do banco privado. Com a escolha de Brandão, Guedes consegue seu objetivo: a contratação de alguém com perfil semelhante ao do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, que também deixou a iniciativa privada para entrar no governo.

Desde quando foi anunciada de demissão de Novaes, são fartos os boatos sobre o substituto. No início da semana, o nome de Conrado Engel, ex-presidente do HSBC e ex-vice-presidente do conselho de administração do Santander, era tido como certo. Houve informações de que Engel já estaria sendo analisado pela Casa Civil. O órgão estaria fazendo uma varredura na vida do executivo. Chegou a interagir com Guedes. Mas ainda faltavam alguns detalhes. Principalmente, aval de Bolsonaro, sinalizavam os comentários.

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O baixo salário -  de R$ 68,8 mil, que pode dobrar com parte da renda variável – também foi apontado como uma dificuldade a mais para Guedes trazer para dentro do governo altos executivos do setor privado. Mas o ministro tem pressa e as sondagens não pararam. Quanto mais demorar a escolher o substituto de Novaes, corre mais risco de ter que ceder à gula do centrão, que já indicou ao Palácio do Planalto que ficaria muito satisfeito com a presidência do BB. A voracidade do centrão, mesmo menor, sem o MDB e o DEM, continua enorme.

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