Correio Braziliense
postado em 31/07/2020 17:14
Com um plano agressivo de desinvestimentos, que pretende atingir entre US$ 20 bilhões e U$ 30 bilhões em venda de ativos, a Petrobras não quer se desfazer da Transpetro, empresa de transporte e logística de combustíveis, que está em meio a uma “agenda transformadora”. Já a Gaspetro, braço de comercialização, importação, exportação, armazenamento e distribuição de gás natural, teve o processo de venda reaberto em julho e recebeu uma proposta não vinculante.
“Todos os ativos que devem ser vendidos estão anunciados e esperamos concluir tudo até meados de 2021”, afirmou o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (31/7), para comentar os resultados da estatal, que registrou prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, acumulando perdas de R$ 51,2 bilhões em 2020. Ele eliminou a possibilidade da Transpetro ser vendida. “A Transpetro não está no plano de desinvestimento e não será incluída. Tem um muito importante em questão de logística”, reforçou.
Saiba Mais
O plano de desinvestimentos segue seu curso, garantiu Castello Branco. “Vendemos as parcelas restantes de 10% na TAG e na ANTS (transportadoras de gás natural). Vamos ativar o desinvestimento da TBG (última transportadora da molécula ainda controlada pela Petrobras, que detém 51% de participação), mas, infelizmente, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) não concorda conosco no que diz respeito à redução de tarifa do Gasbol, que retiraria incerteza sobre a venda desse ativo”, comentou.
“A Petrobras mantém sua estratégia intacta. Nos desinvestimentos, (meta) é vender ativos em que nós não conseguimos gerar o valor que almejamos. As empresas já foram escolhidos, pode haver inclusão de um ou outro ativo no que diz respeito a campos de petróleo, mas não vamos ampliar o portfólio só porque achamos que não vamos conseguir US$ 20 bilhões ou 30 bilhões”, disse.
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