Economia

Transpetro não está nos planos de desinvestimentos da Petrobras

Subsidiária de transporte da companhia é considerada essencial para logística. Os ativos que estão no plano serão vendidos até meados de 2021, diz presidente Roberto Castello Branco

Correio Braziliense
postado em 31/07/2020 17:14
Subsidiária de transporte da companhia é considerada essencial para logística. Os ativos que estão no plano serão vendidos até meados de 2021, diz presidente Roberto Castello BrancoCom um plano agressivo de desinvestimentos, que pretende atingir entre US$ 20 bilhões e U$ 30 bilhões em venda de ativos, a Petrobras não quer se desfazer da Transpetro, empresa de transporte e logística de combustíveis, que está em meio a uma “agenda transformadora”. Já a Gaspetro, braço de comercialização, importação, exportação, armazenamento e distribuição de gás natural, teve o processo de venda reaberto em julho e recebeu uma proposta não vinculante.  

“Todos os ativos que devem ser vendidos estão anunciados e esperamos concluir tudo até meados de 2021”, afirmou o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (31/7), para comentar os resultados da estatal, que registrou prejuízo líquido de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre, acumulando perdas de R$ 51,2 bilhões em 2020. Ele eliminou a possibilidade da Transpetro ser vendida. “A Transpetro não está no plano de desinvestimento e não será incluída. Tem um muito importante em questão de logística”, reforçou.

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A empresa, no entanto, passa por uma “agenda transformadora”. Segundo o diretor de Logística, André Chiarini, o objetivo é tornar a Transpetro mais competitiva. “Vamos renovar a diretoria e otimizar a estrutura gerencial. Temos mais de 600 candidatos ao PDV (plano de demissões voluntárias). Reduzimos a idade da frota de transporte, vamos aumentar produtividade e reduzir custos”, explicou.

O plano de desinvestimentos segue seu curso, garantiu Castello Branco. “Vendemos as parcelas restantes de 10% na TAG e na ANTS (transportadoras de gás natural). Vamos ativar o desinvestimento da TBG (última transportadora da molécula ainda controlada pela Petrobras, que detém 51% de participação), mas, infelizmente, a ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) não concorda conosco no que diz respeito à redução de tarifa do Gasbol, que retiraria incerteza sobre a venda desse ativo”, comentou.

“A Petrobras mantém sua estratégia intacta. Nos desinvestimentos, (meta) é vender ativos em que nós não conseguimos gerar o valor que almejamos. As empresas já foram escolhidos, pode haver inclusão de um ou outro ativo no que diz respeito a campos de petróleo, mas não vamos ampliar o portfólio só porque achamos que não vamos conseguir US$ 20 bilhões ou 30 bilhões”, disse.

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