Economia

Zona do Euro: queda de 12,1%

Correio Braziliense
postado em 01/08/2020 04:14
A pandemia de covid-19 fez a União Europeia mergulhar em uma recessão histórica. Conforme dados do Escritório Europeu de Estatísticas (Eurostat), divulgados ontem, o Produto Interno Bruto (PIB) da Zona do Euro registrou queda histórica de 12,1% no segundo trimestre de 2020, na comparação com os primeiros três meses do ano, após recuar 3,6% de janeiro a março.

“Essas foram de longe as quedas mais acentuadas observadas desde o início das séries temporais em 1995”, destacou o órgão no documento com os dados preliminares.  No comparativo com o segundo trimestre de 2019, o tombo do PIB dos 19 países que compartilham o euro como moeda foi de 15%. No trimestre anterior, a queda foi de 3,1% na mesma base de comparação. 

De acordo com o Eurostat, o PIB da União Europeia recuou 11,9% em relação ao trimestre anterior e 14,4% na comparação com o mesmo intervalo de 2019. No primeiro trimestre, a economia do conjunto de 27 países do bloco caiu 3,2%. As próximas estimativas do Eurostat serão divulgadas em 14 de agosto. 

Especialistas veem com cautela o processo de retomada, uma vez que há muitas incertezas ainda em relação à recuperação da economia, quando a Europa começa a atravessar uma segunda onda de contágio, que ainda não está muito clara.

Na avaliação da consultoria Oxford Economics, os dados do Eurostat confirmaram que o resultado do PIB da Eurozona fez o grupo registrar “a pior recessão em sua curta história”. “O cenário é ainda mais sombrio se considerarmos o PIB per capita, que para o bloco como um todo está agora em linha com o do início dos anos 2000”, informou nota da consultoria.

Conforme os comentários da Oxford, ainda há muitas dúvidas sobre a retomada e intensidade de recuperação. “Os dados recentes, como consumo e vendas no varejo, permanecem positivos e apontam para uma recuperação mecânica no terceiro trimestre, mas sua magnitude ainda está sujeita a incerteza”, segundo o documento. A consultoria ainda frisou que, daqui para frente, a retomada “pode ser mais lenta do que a experimentada até agora”.

Recuo generalizado
Após a Alemanha, Áustria e Bélgica computarem quedas em seus respectivos PIBs do segundo trimestre, de 10,1%, 10,7% e de 12,2%, respectivamente. Ontem, foi a vez da divulgação dos resultados do PIB entre abril e junho de Itália (-12,4%), França (-13,8%), Portugal (-14,1%) e Espanha (-18,5%). 

As estimativas do órgão da Comissão Europeia para o PIB da Zona do Euro são de queda de 8,7% neste ano, com alta de 6,1% em 2021. Pelas previsões da consultoria Oxford Economics, o PIB da zona do Euro deverá recuar 8% neste ano.

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