Economia

Direito e odontologia, caminho aberto

Correio Braziliense
postado em 02/08/2020 04:14
Com 749 unidades espalhadas pelo Brasil, o Urbano Vitalino Advogados, escritório de advocacia empresarial, contratou mais de 100 profissionais e está com 10 vagas abertas na unidade de Recife. 

“A expectativa é de crescimento de 35%, até dezembro, com os efeitos da pandemia. Ou seja, percebemos que aumentaram os litígios contra empresas de energia e as ações judiciais confidenciais por questões econômicas, como fusões e aquisições”, conta Christiano Sobral, diretor executivo do escritório.

Medidas do governo, como a que flexibilizou as regras do trabalho no estado de calamidade, também começam a render efeitos judiciais. “As demandas trabalhistas tomam força. Muitas empresas não conseguiram seguir corretamente as regras. Particularmente, percebo que os empregados iniciaram a busca por compensação”, afirma Sobral.

Estética
A rede de franquias Orthodontic, especializada em ortodontia –– que corrige a posição de dentes e do maxilar ––, viu o faturamento crescer 12,74%, na comparação entre junho de 2019 e junho 2020, e aumentou em 10% o número de clínicas no período. Com 242 unidades no Brasil (199 ativas e 43 em implantação), e há 18 anos no mercado, a rede foi criada em um contexto econômico tão difícil quanto o atual. A marca atende a mais de 4 milhões de pessoas e emprega mais de 7 mil no país. Segundo Fernando Massi, sócio-diretor da Orthodontic, no início de março, todas as unidades foram fechadas. Mas, em abril, reabriram.

“Nossa atividade é considerada de saúde e estética. Atendemos às classes C e D e, para evitar paralisações na manutenção dos aparelhos, ou inadimplência, fizemos planos de 36 prestações para que esse público não perdesse a oportunidade de bom tratamento da função mastigatória”, conta Massi. O auxílio emergencial de R$ 600 do governo para os mais carentes ajudou a manter os pagamentos em dia, explica.

Com a necessidade das companhias em simplificar ou mudar procedimentos para se adaptar ao momento, a tecnologia se mostrou eficaz e necessária para quem oferece serviço de administração de documentos. Fabrício Ramos, sócio da Lexio, uma legaltech (ou startup), percebeu um aumento da demanda para digitalizar contratos. Somente nos primeiros meses da pandemia, entre março e abril, a alta na procura foi de 31,5%, conta.

“O crescimento neste momento expõe que as pessoas estão atrás de ferramentas de facilitação, para agilizar todas as etapas dos processos e ter maior controle do que está sendo feito”, afirma Ramos.  (VB e JRS)

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