postado em 22/04/2009 12:40
Por Flávio Leite
No céu onde o azul e o mel se misturam
Vejo a esperança, outrora tão perdida,
Brilhar em uma tarde em que a aurora
É fascinante quanto a cor de algum sorriso.
A arte revestida de concreto é um ofício,
Mas é arte humanizada pelo arquiteto.
Nas ruas sem esquinas e pelos bares os amigos;
Perdido em Brasília, enfim, me acho.
De certo a grandeza em seus palácios
Combina com a beleza de seus vícios,
São tantos monumentos que retratam
O encanto de uma cidade em seus delírios.
Por mais que os problemas lhe invadam,
Brasília onde o destino eu reinvento,
Tu és um avião que se fez pássaro;
Às margens de um Paranoá em movimento.
Aqui, o paraíso é um planalto
Onde deixo o meu coração seguir o vento.
Em suas flores de ipê assim me deito,
Enquanto ouço os carros como um acalanto.