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Pioneira na cidade, Brasília Bassit Lameiro declara o amor pela capital federal

Compartilhando o mesmo nome da cidade, Brasília Bassit aproxima-se do centenário cercada do amor da família

Mariana Machado
postado em 21/04/2019 06:00
Brasília Bassit acompanhada dos seis filhos
Ela foi homenageada do especial Pioneiros do Correio em 2004, quando estava com 84 anos. Em dezembro de 2019, a mineira Brasília Bassit Lameiro chega à marca dos 100 anos com a família crescendo a cada dia. São seis filhos, 12 netos e 16 bisnetos. Em julho, nasce a 17;, Clara. O nome da dona de casa, dado anos antes de Juscelino sequer cogitar ser presidente, foi uma homenagem do pai, um palestino que fugiu para o Brasil em 1912, e decidiu homenagear o país que o acolheu.
A palavra, feminino de Brasil, foi dada a contragosto da mãe, que queria chamá-la Vitória. Para a família, pegou e Vitória não só é uma das formas como a senhora é chamada, como foi o nome escolhido para uma das bisnetas. A nova capital tinha apenas dois anos quando Brasília e o marido, Alfredo Lameiro da Costa, funcionário do Banco do Brasil, mudaram-se. Em 2004, ela falou do orgulho do nome. ;Várias vezes tentei encontrar Juscelino Kubitschek para dizer a ele que quem inventou Brasília havia sido meu pai, mas sempre o vi muito de longe;, brincou.
Quando chegou, a proposta inicial era de ficar por apenas dois anos, mas a história teve outro rumo. Mesmo quando veio a oportunidade de voltar para Minas Gerais, ninguém quis. O amor já estava estabelecido. Hoje, o endereço ainda é o mesmo, na quadra modelo da Asa Sul, a 308. Lá, os filhos e netos cresceram e os bisnetos brincam e correm pelos pilotis do bloco I. A família se orgulha do acervo de fotos feitas no período da construção. Em uma imagem, a turma posa ao lado do esqueleto da Catedral. Em outra, estão na plataforma superior da rodoviária, com o Hotel Nacional no fundo e apenas grama onde hoje está a Asa Norte.
Rodeada pela família, Brasília recebe o carinho dos parentes
A velhice transformou dona Brasília. Desde os 90 anos, foi diagnosticada com uma demência cerebral semelhante ao Alzheimer, e que hoje está em estágio avançado. A mulher que adorava contar casos, hoje é mais silenciosa e descansa em uma cadeira de rodas. Os parentes, no entanto, estão sempre por perto para animá-la. Para eles é unânime: ela é única.
O carinho que a mineira criou pela cidade-xará foi herdado. O filho caçula, Fernando Bassit, que chegou aqui com apenas 2 anos, hoje, aos 59, é prefeito da 308 Sul, onde tem se empenhado em preservar espaços que são pontos turísticos, como o laguinho de carpas, cartão postal. ;Minha mãezinha é a nossa luz, o elo que segura a família;, orgulha-se.
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