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Designers usam casa na Asa Sul para promover trabalhos autorais

Coletivo intitulado como Pântano de Manga floresce a produção artística e se enriquece com colaborações

postado em 21/04/2016 10:00

Coletivo intitulado como Pântano de Manga floresce a produção artística e se enriquece com colaborações

Laços geracionais unem o coletivo Pântano de Manga tanto quanto às famílias tradicionalmente estabelecidas. O projeto nasceu da proposta de elaborar um design autoral em um espaço que atendesse à demanda de ambiente de trabalho e local de moradia. A partir dessa ideia, uma casa na W3 Sul se apresentou como terreno ideal para fazer florescer a produção artística. Pelo imóvel já passaram pessoas que começaram no coletivo e seguiram caminhos independentes, ou aqueles que acompanharam o grupo e, somente depois, levaram a produção para lá. Assim, desde 2011, o Pântano se renova e se enriquece com as colaborações.

[SAIBAMAIS]Sediado na Asa Sul, o coletivo recebe referências do lado mais fiel ao plano original da cidade, mas não se limita a ele. ;Cresci pelas quadras vizinhas, onde meus avós moram. A escolha do local não foi por esse motivo, mas reforçou o sentimento de pertencimento à região;, explica a designer gráfica Luísa Vieira, 30 anos. Nascida no Rio Grande do Sul, Nadine Diel, 29, se mudou para o Distrito Federal há 10 anos, e encontrou razões para se fixar na capital. ;Costumo brincar que Brasília tem um feitiço. Por mais que as pessoas saiam daqui, em algum momento, elas sentem vontade de voltar;, afirma. Tempos antes de entrar para o Pântano, a produtora cultural visitou a sede do coletivo. ;Senti que queria morar aqui. E o curioso é que, uns três anos depois, vagou um espaço e eu me mudei para cá. Podemos dizer que o Pântano é composto por gerações;, brinca.

A mais recente moradora do espaço é Déborah Vilarino, 30. A designer nasceu na Asa Norte e tem familiares no Gama. Escolheu a Asa Sul pela facilidade de acesso e pelo desejo de morar em uma casa. Ela não participa oficialmente do Pântano, mas acompanha bem de perto a produção. ;Aqui, todo mundo mete o bedelho e não trabalhamos exclusivamente para o Pântano. Eu vejo as meninas desenvolvendo as peças, dou uns palpites;, conta. Para ela, a convivência diária cria laços profundos. ;A gente se considera família. Já tínhamos uma ligação forte porque somos um grupo de amigos.; O coletivo conta ainda com a integrante Marina Fontes, que não mora no espaço, mas é associada à marca.

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