postado em 04/02/2013 16:36
Quem for fazer carreira na área ambiental não está livre da tão comum indecisão na hora de optar por um curso. Isso porque os tradicionais biologia, geologia e geografia deram lugar a um vasto leque de opções, como engenharia ambiental, florestal e de energias renováveis, ciências naturais e ambientais, gestão ambiental e por aí vai.Na pós-graduação, a lista também é extensa. Na Universidade de Brasília (UnB), só neste ano, foram criados três cursos verdes: zoologia, biotecnologia e biodiversidade. No Centro de Desenvolvimento Sustentável da universidade, um específico chama atenção. É a pós em desenvolvimento sustentável junto a povos e terras indígenas, criada em 2011 e a única do país nessa área que oferece vagas para indígenas e não indígenas.
O mestrando Zelandes Alberto, 31 anos, é da etnia Patamona e mora na reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. Ele faz parte da primeira turma de mestrado, formada por 14 índios de 12 povos diferentes. "Esse é um mestrado para quem vive em campo o indigenismo. Na sala, tivemos aulas com um professor da universidade e um ancião ao mesmo tempo. Assim, fazemos o diálogo de saberes", relata Zelandes.
O coordenador do mestrado, Othon Leonardos, explica que os cursos verdes são uma tendência da UnB e das outras universidades."A academia é um dos poucos segmentos preocupados e, além dos cursos verdes, os cursos clássicos estão começando a considerar a dimensão ambiental.