Segunda escola a entrar na Marquês de Sapucaí, a Salgueiro certamente perderá o título de campeã de 2011. Com problemas em três carros alegóricos (um deles chegou a ter um princípio de incêndio), a agremiação perde, no mínimo, 10 pontos por conta da histórica marca de 10 minutos de atraso. A bateria não pôde usar o recuo.
A escola defendeu o enredo Salgueiro apresenta: O Rio no cinema. Sob o comando dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage, a agremiação vermelha e branca fez do sambódromo um set de filmagem. O carro abre-alas reproduziu uma das salas de cinema da Cinelândia, com pessoas sentadas em poltronas vermelhas e um telão que transmitia imagens em tempo real do público.
Ouça trecho do samba-enredo
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As alas e os carros reuníram personagens inesquecíveis das telonas, como Carmem Miranda, Fred Astaire, king kong e homem-aranha. Viviane Araújo, a rainha da bateria, e os ritmistas desfilaram com fantasias que faziam referência ao Bope, para lembrar os sucessos do cinema nacional Tropa de Elite 1 e 2, de José Padilha.
Sidclei e Gleice Simpatia foram o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira da Salgueiro, que ficou em 5º lugar no carnaval de 2010 e em 1º no ano anterior.
Confira o samba-enredo da agremiação:
Autores: Dudu Botelho, Miudinho, Anderson Benson e Luiz Pião
Intépretes: Quinho, Serginho do Porto e Leonardo Bessa
Salgueiro
apresenta o Rio no cinema
já não há mais lugar pra nos ver na passarela
cada um é um astro que entra em cena
no maior espetáculo da tela
a Cinelândia reencontrar
a luz se apaga acende a vida
projeta sonhos na avenida
a terra em transe mostrou visão singular
e o tesouro de Atlântida
foi abraçado pelo mar
onde está? diz aí
Carlota Joaquina veio descobrir
na busca o bonde da lapa Madame Satã
Pequena Notável requebra até de manhã
em um simples instante
Orfeu vence as dores em som dissonante
e as cordas do seu violão
silenciam para o amanhecer
brilha o sol de um dia de verão
salta aos olhos outra dimensão
revoada risca o céu e faz
amigos alados canto de paz
maneiro deu a louca em Copacabana
vi beijo do homem na mulher aranha
e o “king-kong” no relógio da central
meu salgueiro o “oscar” sempre é da academia
toca o “bip- bop” furiosa bateria
aqui tudo acaba em carnaval
o cenário é perfeito
de braços abertos sobre a Guanabara
o filme mostrou maravilhosa chanchada
sob a direção do redentor
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