
"Na Guerra Fria o Brasil era prioridade da URSS, pois sua adesão arrastaria toda América do Sul ao socialismo. O Partido Comunista Brasileiro (PCB), vassalo sustentado por Moscou, preparava o golpe de Estado empregando a subversão e a infiltração nas instituições.
Jango, aliado ao PCB, queria liderar o golpe. Sua gestão era um fracasso como atestam os indicadores, mas o maniqueísmo socialista culpava a aliança da classe dominante com o imperialismo contra o povo e os líderes nacionalistas. Ele anunciara a implantação de reformas de base dentro ou fora da Constituição, mas elas não passavam de slogans para criar o clima revolucionário. Nunca houve um projeto com metas e ações estratégicas.
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O golpe comuno-sindical iniciou em 13 de março de 1964, no comício da Central do Brasil, com decretos ilegais e ameaças ao Legislativo. Atentados à hierarquia e disciplina, para neutralizar as Forças Armadas, eclodiram em 26 de março com o motim dos marinheiros, soltos sem punição, e em 30 de março na manifestação de apoio dos praças ao presidente, no Automóvel Clube do RJ, onde Jango ameaçou os oficiais e defendeu os amotinados.
Num país imaturo, de instituições fracas, sociedade religiosa e conservadora, tudo isso gerou desconfiança e reação da classe média, Igreja, mídia, Forças Armadas e a maioria dos políticos e do povo. Jango tivera amplo apoio para tomar posse em 1961, mas, em março de 1964, perdera a legitimidade, a autoridade e o poder. Melhor assim! O socialismo foi um veneno econômico, moral e social nos países onde vingou."