Eleições 2014

Dilma descarta "choque fiscal" e critica proposta de Marina: "Eleitoreira"

A candidata à reeleição fez campanha nesta quarta (25/9) em Feira de Santana (BA), onde também defendeu os programas que atendem a população atingida pelas secas

postado em 25/09/2014 15:48
A presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) criticou nesta quinta-feira (25/9) o choque fiscal proposto por Marina Silva (PSB). "Nós não acreditamos em choque fiscal. O país precisa de uma política fiscal sistemática e robusta. Se você vai ampliar alguns mecanismos, tem de explicar: vai cortar o quê? Vai cortar programa social? Vai cortar Bolsa Família? Vai cortar subsídio do Mina Casa, Minha Vida, como estão dizendo? Choque fiscal é o quê? É um baita ajuste em que se corta tudo para pagar juros para os bancos? Não é necessário". Além de "perigosa", Dilma classificou a proposta de Marina como "extremamente eleitoreira".

[SAIBAMAIS]Dilma ironizou ainda as mudanças de programa de Marina, assim como a postura da ex-senadora para lidar com críticas. "O grande problema da candidata é que um dia eles dizem uma coisa, no outro dia eles dizem outra. (...) Acontece que a gente responde a fala da candidata. Depois, ela se vitimiza e diz que está sendo atacada. Eu não estou atacando a candidata, estou atacando, divirjo, do programa da candidata".

A petista taxou o programa econômico da peesebista como "extremamente conservador e neoliberal". "Não só ela pretende atender prioritariamente aos bancos, como deixou claro no programa, com a independência do Banco Central, mas também já falou em flexibilizar direitos trabalhistas, em reduzir o papel dos bancos públicos. Se reduz esse papel,", continou Dilma, traçando um cenário de medo, "não tem Minha Casa, Minha Vida, não tem programa de agricultura familiar, não tem financiamento à agricultura, à indústria, não tem emprego".

Bahia

Dilma falou à imprensa antes de uma caminhada em Feira de Santana (BA), na manhã desta quinta-feira (25/9), ao lado dos candidatos ao governo estadual Rui Costa (PT) e ao Senado Otto Alencar (PSD). Ainda na coletiva, a presidente exaltou as políticas sociais e de construção de cisternas que teriam amenizado as dificuldades da população castigada pelas secas. A candidata à reeleição não deixou de fora do discurso "Os 1.360 médicos do programa Mais Médicos que dão cobertura para mais de 4,7 milhões de baianos", e também falou da expansão dos ensinos técnico e universitário federais na Bahia.

Auto de resistência

A presidente falou ainda que pretende "acabar com os autos de resistência", dispositivo legal que permite que assassinatos cometidos por policiais em serviço possam ser registrados como resistência à prisão e, em geral, não sejam investigados. "Um dos meus maiores compromissos com um programa chamado Juventude Viva. Que tem como objetivo (também) de impedir a morte de nossa juventude negra, acabar com autos de resistência", defendeu.

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