Eleições 2014

Aécio Neves afirma que vitória tucana tem potencial para acalmar os mercados

O candidato disse que vai proporcionar a retomada da confiança na economia brasileira, o que permitirá a volta da inflação para o centro da meta, que é de 4,5%

postado em 27/09/2014 08:00

O presidenciável do PSDB fez caminhada em Taboão da Serra (SP) e criticou as principais adversárias

O candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, disse ontem que uma eventual vitória tucana nas urnas vai proporcionar a retomada da confiança na economia brasileira, o que permitirá a volta da inflação para o centro da meta, que é de 4,5%, um cenário muito mais alentador do que o indicador de hoje, que tem oscilado em torno do teto de 6,5% . ;Economia é expectativa, e nossa eleição sinaliza positivamente, com a diminuição da taxa de juros no longo prazo e o resgate de investimento. Com esse resgate, não acho que esses números ficarão aí. A inflação voltará ao centro da meta em dois ou três anos;, disse.

[SAIBAMAIS]Aécio reforçou as críticas às duas principais adversárias: a presidente Dilma Rousseff (PT) e a ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva (PSB). Segundo o tucano, a socialista volta atrás em suas posições políticas ;porque precisa dar satisfações ao mercado financeiro e ao agronegócio;. Já Dilma foi acusada de ser complacente com a corrupção.

Ao analisar a economia, em entrevista à Rádio Bandeirantes, em São Paulo, o presidenciável reafirmou que, se ele vencer o pleito, o efeito no mercado será o oposto do registrado em 2002, quando Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conquistou seu primeiro mandato. ;Quando Lula foi eleito, o dólar disparou e a inflação subiu. Lula, felizmente, esqueceu o discurso, assumiu os pilares do PSDB e trouxe o Henrique Meirelles (então deputado federal eleito pelo PSDB) para o Banco Central;, comentou.

Segundo a análise do candidato tucano, além dos preços, a crise econômica e o cenário pessimista contaminaram o setor produtivo e os consumidores. ;As indústrias estão em processo de pré-demissão, com lay-offs (suspensão de contratos de trabalho), e a inflação de alimentos está em dois dígitos há mais de um ano, um tormento na mesa de trabalhador;, afirmou o tucano.

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