postado em 27/09/2014 16:27
O que foi programado para ser um debate entre os três principais candidatos do Distrito Federal ao Senado terminou se transformando em uma descarga de críticas ao principal concorrente ao posto, José Antonio Reguffe (PDT), que lidera as pesquisas de intenção de voto com cerca de 37%, segundo pesquisa registrada na Justiça Eleitoral. Ele não apareceu ao encontro promovido neste sábado por uma emissora de televisão. Coube aos demais concorrentes descarregarem críticas ao adversário.
Durante os 60 minutos do encontro, faltaram propostas, mas sobraram alfinetadas a Reguffe. Gim e Magela se revezaram nas críticas e pouco falaram de projetos para o próximo mandato de senador. Restou ao espectador tentar decifrar o que pensam os candidatos sobre os temas mais relevantes para a política nacional. Em um dos raros momentos de debate propositivo, os dois comentaram o papel que o próximo senador terá na articulação política junto aos governos federal e distrital.
"Sou o senador que mais fez por Brasília e, apesar de não concordar com a política de Dilma e Agnelo, essa experiência me mostrou que o senador precisa priorizar a cidade. Para mim, não importa quem serão os governantes, vou jogar no time da população", disse Gim. Já Magela valorizou o fato de ser petista, tal como a presidente da República e o governador do DF. "O Agnelo, só com o diálogo próximo a Dilma, trouxe recursos para mobilidade, para os programas habitacionais e para outros segmentos. Se eleito, vou propor uma lei que permita aos municípios e ao DF mais tempo para apresentarem projetos que dependam dos recursos do Orçamento", disse.
Críticas
Segundo a organização do encontro, Reguffe teria desistido de participar do evento por conta de uma regra do debate que permite a cada candidato editar as imagens para usá-las na propaganda eleitoral gratuita. ;Mas nós abrimos mão dessa regra para permitir que o Reguffe se explicasse, mas mesmo assim ele não veio, porque não sabe explicar o aumento do seu patrimônio em quase 300%", alfinetou Gim. ;O candidato ausente nunca trouxe um tijolo para Brasília. Ele tem obrigação de vir e não ficar atrás do programa eleitoral. Assim ele menospreza e abusa do eleitor;, concordou Magela.