postado em 01/10/2014 17:32
No penúltimo dia de campanha, em visita à favela de Paraisópolis, na zona sul da capital paulista, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, prometeu que, se for eleita, destinará 10% da arrecadação bruta da União à área da saúde.
Marina demonstrou convicção de que estará no segundo turno e reiterou promessas feitas no mesmo local pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que encabeçava a chapa do PSB à Presidência, tendo a ex-senadora acriana como candidata a vice-presidenta. Campos morreu no dia 13 de agosto, em acidente aéreo, na cidade de Santos, e Marina tornou-se líder da chapa socialista, tendo como vice o deputado gaúcho Beto Albuquerque.
Além de um hospital, Marina disse que planeja outras benfeitorias para a localidade, como creches e escolas. Para chegar à sede da União dos Moradores e do comércio de Paraisópolis, a candidata usou uma van, que foi escoltada por policiais à paisana. Em discurso, ela destacou que tem ouvido muitas queixas da população sobre o alto grau de violência no país.
Antes de discursar, Marina foi homenageada com duas apresentações artísticas: uma peça musical de Guerra Peixe, executada pela Orquestra Filarmônica de Paraisópolis, e uma exibição do grupo de balé da comunidade.
Em entrevista à rádio comunitária local, a candidata falou sobre algumas de suas experiências no Acre, onde nasceu, para demonstrar que entende bem as dificuldades de uma vida pobre e sujeita a dificuldades por causa da precariedade do atendimento médico e de outros serviços públicos.
;Nosso país não pode viver na Ilha da Fantasia. Existe um país de verdade, onde não tem moradia, transporte, esgoto, saúde e emprego;, afirmou Marina, que voltou a defender a educação em tempo integral e a construção de creches em todo o país. Ela destacou também a importância da participação da comunidade na construção de melhorias. A ex-senadora afirmou ainda que, se vencer as eleições, aumentará o número de pessoas com acesso ao Bolsa Família.
Questionada sobre o episódio do ataque contra o site de sua campanha, Marina Silva esquivou-se de fazer comentários. Ela disse apenas que não quer fazer prejulgamentos, mas classificou o fato de ;um acontecimento grave; e que ;precisa ser investigado pela Justiça Eleitoral;.