postado em 04/10/2014 21:00
O Congresso Nacional perderá para a próxima legislatura cerca de 40% da ;elite; da Câmara e do Senado. O cenário, somado a um provável aumento no número de siglas representadas por deputados federais, aponta para uma maior probabilidade de desagregação entre os parlamentares. Peemedebistas como José Sarney (PMDB-AP), Pedro Simon (PMDB-RS) e Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) estão entre as ausências mais marcantes da nova legislatura. Por outro lado, tucanos de peso como José Serra (SP) e Tasso Jereissati (CE) devem voltar ao Congresso.As últimas pesquisas de intenção de voto para o Senado Federal indicam que, apesar de mudanças na composição, os partidos representados na Casa serão os mesmos, em contraposição à Câmara, que deve passar de 22 para 28 legendas. Entre senadores e deputados, a maior parte das siglas vai sofrer pequenas variações no número de parlamentares, mas sem alterações expressivas. Chama a atenção, no entanto, a ausência de políticos experientes, que não vão retornar ao Congresso para a nova legislatura.
Entre os senadores, José Sarney (AP) abandonou a vida política e sequer se candidatou. Pedro Simon (RS), que também tinha desistido de concorrer, voltou ao cenário após a ida de Beto Albuquerque (PSB-RS) para a vaga de vice de Marina Silva. O senador gaúcho está em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto e provavelmente vai sair derrotado das urnas. Eduardo Braga, líder do governo Dilma no Senado, tem grandes chances de se eleger governador do Amazonas já no primeiro turno.
Na Câmara, segundo levantamento do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), metade dos deputados federais deve ser trocada por novos nomes. Mais do que a renovação, chama a atenção que, dos 513 deputados federais, 23,7% não disputam nenhum cargo ou miram voos mais altos. Destes, 52 concorrem ao Senado ou a governos estaduais, seja como governador ou vice.
[SAIBAMAIS]O caso emblemático é o do presidente da Câmara. Depois de 11 mandatos consecutivos, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) costurou um grande acordo para tentar se eleger governador do Rio Grande do Norte. Outros nomes de peso que devem deixar a Câmara são Inocêncio Oliveira (PR-PE), eterno integrante da Mesa Diretora; Beto Albuquerque, líder do PSB e candidato a vice de Marina Silva; e Ricardo Berzoini, importante articulador petista, atual ministro de Relações Institucionais e que não disputa as eleições deste ano.
Oposição
Os partidos dos dois principais candidatos de oposição à Presidência da República, PSDB e PSB, têm motivos para comemorar quanto ao Senado. Entre os peesebistas, há perspectivas reais de um aumento de 50% da bancada, passando de quatro para seis senadores, com possibilidades de se chegar a oito representantes na Casa.
Já no PSDB, embora haja uma tendência de redução dos representantes, nomes de peso devem voltar à Casa. Estão praticamente eleitos para o Senado o ex-governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia, e o ex-senador e duas vezes governador do Ceará, Tasso Jereissati. José Serra (SP) completa o time, com uma margem confortável de vantagem sobre Eduardo Suplicy (PT).