Eleições 2014

A chance do PT no comando de Minas Gerais

Depois de 12 anos sob o poder do PSDB e aliados, Minas Gerais pdde assistir à eleição de um petista para governador. Pesquisas de intenção de voto apontam vitória em primeiro turno de Fernando Pimentel (PT)

postado em 05/10/2014 13:13

As eleições em Minas Gerais devem ser definidas hoje com uma grande reviravolta. Caso as pesquisas se confirmem, o PT pode, pela primeira vez, governar o estado. Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas está há 12 anos sob o poder do PSDB e aliados. O candidato do PT, o ex-ministro Fernando Pimentel, aparece nos levantamentos à frente dos concorrentes. Na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem, o petista aparece com 54% dos votos válidos. Segundo colocado na corrida, Pimenta da Veiga (PDSB) tem 37% da preferência, descartados votos em brancos e nulos, e os indecisos. Em terceiro lugar, Tarcísio Delgado (PSB) aparece com apenas 4%. Nos últimos 16 anos, as eleições ao governo de Minas são definidas na primeira ida da população às urnas.

Pimentel foi prefeito de Belo Horizonte de 2006 a 2008 e apoiou a candidatura de Márcio Lacerda (PSB) em 2010. Em 2012, no entanto, quando Lacerda tentou a reeleição, o PT teve candidato próprio à prefeitura. Pimentel sempre usou a prefeitura para conquistar popularidade e chegar ao governo, que já perdeu em outras eleições para Aécio Neves e Antonio Anastasia (PSDB). De 2011 até fevereiro deste ano, o petista foi ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

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O professor da Pontifícia Universidade de Minas Gerais (PUC-MG) Malco Camargos comenta que a mudança na preferência do eleitorado é resultado, entre outros fatores, da escolha de um nome fraco escolhido pelo PSDB. Em 2010, o substituto de Aécio Neves foi Anastasia, que era vice-governador. Pimenta da Veiga estava desde 1998, quando tentou eleger-se deputado federal, sem concorrer a cargos eletivos. ;Aécio foi ousado na escolha, pegando um homem fora do espectro político achando que fosse ter força e poder. E Pimenta foi alguém que não deu conta de suportar o perfil técnico de Pimentel;, analisa.

Camargos avalia também que Pimenta teve um comportamento aquém do esperado, mantendo um distanciamento em relação à política mineira e aparecendo menos na memória do eleitor. ;Apesar de ele não ser muito mais velho que Pimentel, tudo que se pensa dele é de ;20 anos antes do Pimentel;. Mesmo não sendo na prática, ficou para o eleitor a ideia do velho contra o novo;, opina.



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