Igor Silveira
postado em 05/10/2014 13:45
A briga entre os grupos políticos de dois ex-governadores dá o tom da eleição estadual no Rio de Janeiro. Pezão (PMDB), atual comandante do Palácio da Guanabara e primeiro lugar nas pesquisas, com 36% dos votos válidos, teve a candidatura, ao mesmo tempo, respaldada e prejudicada pelo antecessor Sérgio Cabral (PMDB), um dos principais alvos das manifestações de junho do ano passado. Garotinho (PR), vice-colocado nas consultas ao governo, sofre para decolar com os altos índices de rejeição. Correndo por fora, estão os senadores Marcelo Crivella (PRB) e Lindbergh Farias (PT), esse último, na quarta colocação da disputa, com 10%.Quando deixou o governo estadual, em abril deste ano, para dar mais visibilidade a Pezão, Sérgio Cabral viu o cabeça de chapa do PMDB patinar na campanha. Durante muito tempo em segundo lugar nas pesquisas, atrás justamente de Garotinho, o peemedebista foi se recuperando aos poucos, mantendo Cabral longe dos holofotes, mesmo com o mentor guiando cada passo do partido no estado. Apesar da tentativa de se descolar do ex-governador, Cabral é citado com frequência pelos adversários de Pezão nas propagandas eleitorais e nos debates políticos.
Enquanto começa a pensar nas estratégias para o segundo turno, Pezão vê a disputa mais apertada entre Garotinho, com 25% das intenções de votos válidos, e Crivella, com 22%, pela outra vaga na próxima fase do pleito. O senador do PRB tenta ganhar fôlego na reta final torcendo para que o candidato do PR fique pelo caminho com tamanha rejeição na capital e no interior. Pelas últimas projeções, os dois estão em empate técnico.
;O crescimento da campanha de Pezão era previsível porque ele pertence a um grupo que traz muitos recursos a favor. Além de ser apoiado por 19 partidos, o governador tem muitos candidatos à Câmara e à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) pedindo votos para ele;, comenta Geraldo Tadeu Monteiro, cientista político e professor do Instituto Brasileiro de Pesquisa Social (IBPS). ;Com a força que Garotinho tem, especialmente no norte fluminense, na Baixada nas zonas Norte e Oeste, a outra vaga para o segundo turno deve ser dele.;
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