Eleições 2014

Leitores do Correio relatam problemas durante a votação

Os eleitores reclamam do novo sistema de biometria, demora nas fila e queda de energia nas zonas eleitorais

Nathale Martins
postado em 05/10/2014 14:55

Os leitores do Correio enviam mensagens por meio do Facebook e do Twitter para contar suas experiências na hora da votação. Alguns relatam rapidez nas filas, enquanto outros reclamam de problemas com a identificação biométrica e demoras. A sujeira nas ruas e os engarrafamentos também têm atrapalhado o eleitor.

A usuária @agnespmo relatou problemas elétricos na Octogonal. ;Sem energia elétrica nos locais de votação. Sessões lotadas!”, escreveu para o @cbonlinedf no Twitter.

No Facebook, Karla Alvares reclamou da sujeira nas ruas. ;Será que a sessão deles (os presidenciáveis) estava tão sujas quanto a minha? O que será que eles acharam disso? #vergonha #querominhacidadelimpa;. O usuário @rodrigo_fnandes fez a mesma reclamação sobre Taguatinga. ;Imundice em frente ao Centro de Ensino Médio 3, em Taguatinga Sul, onde votei pela manhã;.

Em água Claras, @Knadura levou apenas cinco minutos na fila. "Está mais difícil chegar pela quantidade de veículos", afirma. A rapidez se repete em Sobradinho. ;As seções estão organizadas e não há filas, levei 4 minutos para me identificar e registrar meu voto;, conta @alberthsucesso.

Enquanto isso, no Lago Norte, a leitora @patybfreitas diz que a fila para votar andou apenas 2 metros em 40 minutos. "Está demorando muito", reclama. @bia_souto2 culpa o novo sistema de identificação pelo atraso ;#biometria atrasa a vida. Muitos tiveram que assinar após 8 tentativas. Resumo: máquinas não ajudam no tempo de espera;, afirma.

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Por meio do whatsapp, Adriana Caetano conta que em Água Claras, na zona eleitoral 394, pessoas começam a passar mal na fila em razão da demora. Depois de duas horas de problemas técnicos, o TRE enviou um novo aparelho para identificação.

Para justificar, a espera também é grande. Tânia Leal ficou cerca de 40 minutos em pé aguardando o marido Luiz Carlos fazer a justificativa do voto. "Fiquei muito surpresa com a fila. Meu marido é militar e estamos há pouco tempo em Brasília. Eu transferi meu título, mas ele perdeu o prazo e agora está pagando o pato", brinca.

Apesar do bom humor, a senhora demonstra infignação ao ver idosos e pessoas com crianças no colo enfrentando a mesma fila que todo mundo. "É inadimissível equiparar essas pessoas com as outras." Apesar de não existir sinalização de uma fila preferencial, os fiscais afirmam que ela existe. Basta que as pessoas se identifiquem como preferenciais e a fila é formada.

A funcionária pública Jaqueline Barros, 43, votou de manhã, mas teve que acompanhar a irmã, Clea Barros, 55, que mora em Roraima, justificar o voto em Brasília. "Estou esperando há mais de uma hora. Fomos de manhã no Guará e também estava lotado, então deixamos para vir ao pátio Brasil. Eu não queria votar. As coisas que são obrigatórias não prestam. Isso não é democracia. E com a biometria, deveria ser possível votar em qualquer lugar."

@falafabiano denuncia que existem estabelecimentos comercializando bebida alcóolica apesar da proibição, que restringe a venda até às 18h. ;Um inclusive tem 2 PMs lanchando e um grupo ao lado bebendo;, afirma.


Falsa justificativa

A economista Ione Fassheber Novaes, de 67 anos, relatou ao Correio problemas na hora de votar. O nome dela não constava na lista de sua seção, no Centro de Ensino do Lago Sul. Segundo ela, os mesários buscaram os dados da eleitora no sistema e o nome constava como ;ausência justificada;. Ione, no entanto, alega que nunca fez justificativa de voto. Insatisfeita, ela exigiu que a situação fosse resolvida.

Os mesários informaram o TRE e uma juíza eleitoral foi ao local. Segundo Ione, a juíza brincou que a eleitora foi sorteada. "Ela disse que eu deveria jogar na Mega-Sena, porque eu havia sido sorteada. Eu não vi com bom humor, meu direito de cidadã foi lesado. Não sei se acredito mais na segurança do processo eleitoral", reclamou a eleitora, que fez boletim de ocorrência e pretende levar o caso ao cartório eleitoral.

Com informações de Juliana Figueiredo

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