Eleições 2014

Fora da disputa, Agnelo fala em "consciência e coração absolutamente tranquilos"

postado em 05/10/2014 21:37
O governador Agnelo Queiroz (PT) fez o discurso de reconhecimento da derrota no primeiro turno por volta das 21h20 deste domingo (5/10). Acompanhado do vice-governador, Tadeu Filippelli, e da primeira dama, Ilza Queiroz, ele ressaltou o trabalho feito nesses três anos e meio, não expressou apoio a nenhum dos dois candidatos que seguem na disputa e classificou como "soberana" e "expressa" a "voz do povo".

Visivelmente abalado, Agnelo disse ter sofrido perseguição do "primeiro até o último dia" de governo. "Quer dizer, último não, pois sou governador até 31 de dezembro", corrigiu, antes de agradecer às pessoas que foram às ruas e votaram nele. "Sofremos todos os tipos de ataque e, mesmo assim, vocês acreditaram", disse, com pausas na voz.

O petista ressaltou uma conquista em especial e diz ter saído com a consciência e o coração "absolutamente tranquilos". "Nos preocupamos em fazer, realizar, entregar, enfrentar todos os obstáculos. Como, por exemplo, os barões do transporte, que ninguém tinha coragem de enfrentar", citou, em referência à renovação da frota dos ônibus feita durante o atual mandato.

Outro ponto destacado foi a atuação na parte social, da transição de pobres para a classe média. "Entregamos a cidade muito melhor do que recebemos. É o menor desemprego, a menor desigualdade da história. Sacrificamos família, saúde, tudo, pelo povo do DF", disse.

Sobre apoio a Rollemberg (PSB) ou Frejat (PR), Agnelo se esquivou e afirmou - sem citar o dia - que os partidos da coligação vão se reunir para tomar a decisão: "Respeito as decisões dos partidos. Isso não é um projeto individual."

Apesar do discurso de conquistas, o petista é o segundo governador da história do país a tentar a reeleição, mas fracassar no primeiro turno. O primeiro foi Germano Rigotto (RS), em 2006.

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