Eleições 2014

Marina diz que sociedade mostrou nas urnas que quer mudança

Sobre um possível apoio no segundo turno à Dilma ou a Aécio Neves, Marina disse que o assunto será discutido pelas legendas que compõem a coligação

postado em 05/10/2014 23:45
Derrotada nas eleições de hoje (5), a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, disse que o resultado das urnas mostrou que a sociedade brasileira quer mudanças na condução dos rumos do país.

;Estatisticamente, a sociedade mostra isso. Não há o que tergiversar com o sentimento do eleitor, quando 60% fizeram esse movimento [pela mudança];, ressaltou ao se referir à votação obtida pelos candidatos que enfrentaram a candidata do PT à reeleição, Dilma Rousseff.

[SAIBAMAIS]Marina concedeu entrevista coletiva em um espaço de eventos na zona oeste paulistana, cercada por militantes e líderes do PSB. ;O Brasil sinalizou claramente que não concorda com o que aí está. E sabemos que uma boa parte do Brasil, desde 2010, vem dando sustentação a uma mudança que seja qualificada;, destacou a ex-senadora, lembrando a votação que obteve como candidata na eleição anterior.

Sobre um possível apoio no segundo turno à Dilma ou a Aécio Neves, Marina disse que o assunto será discutido pelas legendas que compõem a coligação que sustentou sua candidatura ao Planalto. ;Eu faço parte de um partido, ainda que seja um partido clandestino, é um partido. Temos uma aliança com vários partidos. E decidimos que queremos tomar uma posição conjunta, mantendo aquilo que nos uniu que é o nosso programa;, ressaltou. Em 2013, Marina se filiou ao PSB, depois de não conseguir formalizar o seu próprio partido, a Rede Sustentabilidade.

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Nessa discussão, a candidata destacou que terão papel importante governadores eleitos no primeiro turno e os que continuarão em campanha na segunda etapa das eleições. ;Estou muito feliz em saber que temos lideranças que foram eleitas e serão muito importantes nesse diálogo;, disse ela, citandor Paulo Câmara e Chico Rodrigues, que governarão Pernambuco e Roraima, respectivamente. Além do ;amigo; Rodrigo Rollemberg, que disputará o segundo turno no Distrito Federal.

Marina ressaltou que, apesar de não ter conseguido chegar ao segundo turno, manteve a dignidade e não abriu mão de seus ideais. ;Neste momento, eu estou aqui não como derrotada, mas como alguém que sabe que continua de pé, porque não teve que abrir mão dos princípios para ganhar a eleição.;

Ela reclamou, no entanto, dos ataques que sofreu durante a campanha, que classificou de uma ;inédita e despropositada agressividade política;. Segundo Marina, grande parte das críticas partiu da ;candidatura oficial;. ;Uma postura de nos encarar como sendo aquela que ela mais temia enfrentar. Tanto é que todas as baterias foram voltadas para nós;, protestou.

O ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, que disputaria a Presidência pelo PSB, também foi lembrado por Marina. ;Um líder que sempre nos fará falta, mas que estará presente em todos os passos de nossa caminhada futura;, disse ela, que era candidata a vice-presidente na chapa de Campos. O ex-governador morreu em desastre aéreo, no dia 13 de agosto, em Santos, São Paulo.

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