Eleições 2014

PSDB elege Alckmin em São Paulo e deve completar 24 anos no comando

postado em 06/10/2014 06:20
São Paulo ; O governador Geraldo Alckmin, do PSDB, confirmou seu favoritismo entre o eleitorado paulistano e garantiu a reeleição em São Paulo no primeiro turno, consagrando aos tucanos o sexto mandato consecutivo do partido a frente do Palácio dos Bandeirantes. Alckmin recebeu 57,32% dos votos válidos, o equivalente a 12.225.723 eleitores. O empresário Paulo Skaf (PMDB) foi o segundo candidato mais votado, com 21,53% dos votos, enquanto Alexandre Padilha (PT), afilhado político de Lula, terminou a eleição em terceiro lugar, com 18,22%. Para o Senado, o tucano José Serra venceu o petista Eduardo Suplicy com quase o dobro dos votos.

A liderança de Geraldo Alckmin, indicada em todas as pesquisas durante a corrida eleitoral paulista, se confirmou nas urnas. A vantagem do tucano sobre Skaf, o segundo colocado ao governo do estado, foi superior a 7 milhões de votos. Com a reeleição de Alckmin no primeiro turno, o PSDB manteve uma escrita prestes a completar duas décadas. Desde 1995 o partido do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso comanda o estado mais rico e maior colégio eleitoral do país. A população paulistana já elegeu a governador os tucanos Mário Covas (1994 e 1998), José Serra (em 2006), e agora garante um terceiro mandato a Alckmin (2002, 2010 e 2014).

[SAIBAMAIS]Em um breve discurso na sede do PSDB paulista no bairro de Moema, Zona Sul de São Paulo, Alckmin comemorou sua reeleição e a votação expressiva da bancada de deputados tucanos. ;Vamos trabalhar muito em benefício da população. Já ganhei e já perdi eleições. Todos que participaram deste processo cívico são vitoriosos;, afirmou. O governador também manifestou que não poupará esforços na campanha de Aécio Neves à Presidência no segundo turno. ;Vamos suar a camisa e trabalhar muito para o Brasil reencontrar seu rumo. O Aécio vai contar com o nosso apoio a partir de agora. Eu e o (José) Serra já fomos candidatos (a presidente) e batemos na trave. Agora quem vai fazer o gol vai ser o povo;, sustentou Alckmin, defendendo que ;de virada é melhor;.

Indicado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o petista Alexandre Padilha naufragou em terceiro nas eleições para o governo do estado, com apenas 18,22% dos votos válidos (equivalente a 3.883.011 eleitores). Ex-ministro de Relações Institucionais no governo Lula e da Saúde no mandato de Dilma Rousseff, Padilha teve a menor votação de um candidato do PT ao governo paulista nos últimos 16 anos. Apesar da derrota significativa, Padilha anunciou que continuará buscando seu espaço como opositor ao PSDB em São Paulo. ;Não vamos arredar um centímetro do papel que a população nos deu de ser oposição;, discursou, após o resultado.


Serra bate Suplicy

Derrotado em sua segunda tentativa seguida ao governo do estado, Skaf fez um breve pronunciamento na noite de ontem em que agradeceu os votos recebidos e desejou boa sorte a Geraldo Alckmin, apesar da agressiva campanha de oposição. ;Quero fazer um agradecimento especial a essas quase 5 milhões de pessoas que depositaram sua confiança na minha candidatura. Desejo ao governador eleito todo o cesso, para o bem de São Paulo;, disse Skaf. O ex-presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) evitou fazer uma análise do resultado das urnas. ;As eleições são soberanas. As urnas elegeram Geraldo e só tenho a desejar a ele sucesso.;



Na corrida pelo Senado, o tucano José Serra também confirmou favoritismo sobre Eduardo Suplicy. Serra recebeu 58,49% dos votos válidos, o equivalente a 10.919.523 eleitores. A expressiva vitória do ex-prefeito, ex-governador e ex-ministro da Saúde interrompe uma longa carreira política de Suplicy no Senado, posição que ele ocupava desde 1991. O petista recebeu a metade dos votos de Serra, contabilizando o apoio de 6.085.181 de eleitores. (32,49% dos votos válidos). Gilberto Kassab, do PSD, somou 5,93% dos votos (1.110.134 eleitores).

São Paulo

Urnas apuradas: 99,9%
Candidato % dos votos
válidos

Geraldo Alckmin (PSDB) 57,3%
Paulo Skaf (PMDB) 21,5%
Alexandre Padilha (PT) 18,2%
Gilberto Natalini (PV) 1,2%
Maringoni (PSol) 0,8%
Laércio Benko (PHS) 0,6%
Walter Ciglioni (PRTB) 0,1%
Wagner Farias (PCB) 0,0%
Raimundo Sena (PCO) 0,0%

Brancos 7,8%
Nulos 9,2%
Abstenção 19,5%

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