Eleições 2014

Aécio Neves é o presidenciável mais votado em 10 unidades da federação

Numa comparação com a eleição presidencial de 2010, o senador mineiro conseguiu, no reduto paulistano, 44,2%

postado em 06/10/2014 07:16
A surpreendente votação do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, que alcançou 33,5% dos votos válidos, o que representa 35 milhões de votos aproximadamente, foi turbinada pelos dois maiores colégios eleitorais do Brasil: São Paulo e Minas Gerais.

[SAIBAMAIS]Numa comparação com a eleição presidencial de 2010, o senador mineiro conseguiu, no reduto paulistano, 44,2%. O índice representa um ganho de quase cinco pontos percentuais em relação ao desempenho de José Serra, que enfrentou, naquele momento, Dilma Rousseff (PT). Em Minas Gerais, a desenvoltura tucana nas urnas em relação ao pleito anterior também foi melhor. Aécio conseguiu diminuir a diferença para a petista na reta final e chegou ao patamar de 39,7%, quase 10 pontos a mais do que Serra obteve na corrida pelo Palácio do Planalto travada há quatro anos.

A fraca desenvoltura eleitoral de Alexandre Padilha (PT), que ficou em terceiro lugar na disputa pelo governo de São Paulo, mesmo com o intenso apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e a reeleição em primeiro turno do governador Geraldo Alckmin (PSDB), com 57,3%, contribuíram para o resultado petista abaixo do esperado. Ao mesmo tempo em que Aécio Neves evoluiu em São Paulo e em Minas Gerais, que, juntos, somam 47 milhões de eleitores aptos a votar, Dilma encolheu na comparação com 2010. No estado paulista, por exemplo, a candidata do PT perdeu 11 pontos percentuais. Na eleição passada, ela havia alcançado 37,31% contra 40,66% de José Serra. Agora, o índice da petista no maior colégio eleitoral do país ficou em apenas 25,8%. Em Minas, apesar de ter vencido a disputa novamente, encolheu quase quatro pontos.

No Rio de Janeiro e na Bahia, terceiro e quarto maiores colégios eleitorais do Brasil, respectivamente, a presidente, como era esperado, conseguiu bater com folga o tucano. A Bahia, do governador Jaques Wagner (PT), deu à petista mais de 60% dos votos válidos, cerca de 2,5 pontos a menos do que em 2010. No Rio de Janeiro, o índice da presidente ficou em 35,6%, desempenho também bem inferior ao de quatro anos atrás, quando alcançou 43,7%.

O mapa geral das eleições 2014 mostra que Dilma Rousseff venceu a disputa em 15 estados, Aécio em 10 e Marina apenas em dois. O Nordeste foi a região que mais alavancou a candidatura da presidente. Das noves unidades da Federação nordestinas, a petista só não conseguiu vencer em Pernambuco, reduto eleitoral de Eduardo Campos, morto em acidente aéreo em 13 de agosto. Lá, turbinada pela forte comoção que tomou conta do estado após a tragédia, Marina Silva bateu a petista por uma diferença de 4%. O resultado foi considerado surpreendente, porque as pesquisas de intenção de voto mostravam a petista na liderança. Diferentemente da eleição presidencial de 2010, a pessebista conseguiu também vencer no Acre, sua terra natal. Marina obteve 41,9%, contra 29% do tucano. Dilma amargou a terceira colocação.

O Piauí, que deu a vitória em primeiro turno a Wellington Dias (PT), com 63% dos votos válidos, foi o estado em que a presidente conseguiu o maior percentual: 70,6%. Já o tucano obteve o desempenho mais expressivo em Santa Catarina: atingiu 52,8%, contra 30,7 da petista.

Exterior


Os 141.501 mil brasileiros que votaram em trânsito fora do país deram vitória expressiva ao candidato do PSDB. O tucano obteve 49,5%, o que representa 65 mil votos. Marina Silva ficou em segundo lugar, com 26%, e a presidente Dilma em seguida, com 18,35%. A candidata do PSol, Luciana Genro, teve pouco mais de 3 mil votos, alcançando os 2,6%. A presidente liderou a preferência na Argentina, mas com uma diferença bastante apertada: 38%, contra 35% de Aécio Neves.

As eleições fora do Brasil foram marcadas por um índice elevado de abstenção. De 353.504 brasileiros aptos a votar, apenas 40,1% foram às urnas.

Numa comparação com a eleição presidencial de 2010, o senador mineiro conseguiu, no reduto paulistano, 44,2%

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