postado em 07/10/2014 06:00
As próximas três semanas serão decisivas para que Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) explicitem as suas diferenças de pensamento econômico e sinalizem, de forma clara, como o eventual governo pode melhorar a vida do eleitor. Até então, as campanhas foram centradas em temas como corrupção e programas sociais, debatidos à exaustão também nas eleições de 2010 e que deram a vitória à presidente sobre o recém-eleito senador tucano José Serra.Naquela época, a economia não era motivo de preocupação. Enquanto a disputa pelo segundo turno pegava fogo, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciava que a inflação acumulada em 12 meses, até setembro daquele ano, era de 4,7%. Portanto, só 0,2 ponto percentual acima da meta de inflação, de 4,5% anuais. Era o país do crescimento chinês, com o Produto Interno Bruto (PIB) avançando 7,5% naquele ano ; o melhor desempenho em mais de três décadas.
;A situação agora é totalmente diferente;, assinalou a economista-chefe da XP Investimentos, Zeina Latif. Em vez de crescimento forte, o país convive com a recessão. Já a carestia só não fugiu do controle porque o governo represou os preços que administra, como combustíveis e eletricidade. Mesmo assim, o Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) acumula alta de 6,51% até agosto, rompendo o teto da meta, o que ocorreu durante um terço do governo Dilma.
Diante da pasmaceira do PIB e da vida cara, a renda real dos trabalhadores passou a crescer em ritmo cada vez maior. Em 2014, o avanço será de, no máximo, 1,5% ; o menor desempenho desde 2003. Para completar, os juros ao consumidor não param de subir. Em agosto chegaram ao maior patamar em três anos. Não por acaso, o endividamento das famílias também é recorde.
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