postado em 08/10/2014 06:03
Principal aliado de Agnelo Queiroz (PT) em 2010, ao longo do governo e na sucessão deste ano, o PMDB se definiu, ontem à noite, pela neutralidade na disputa do segundo turno no Distrito Federal. O vice-governador Tadeu Filippelli ressaltou que ninguém está autorizado a falar pelos peemebistas em Brasília. A declaração veio depois que o candidato do PR, Jofran Frejat, ter afirmado que negociava o apoio do grupo. ;Eu desautorizo o Frejat ou qualquer um a falar em meu nome e em nome do PMDB. Vamos ficar neutros na disputa;, disse Filippelli, que é o presidente regional do partido.Leia mais notícias em Eleições 2014
O PMDB começou a receber sondagens pouco depois da confirmação da derrota de Agnelo Queiroz nas urnas, na noite de domingo. Interlocutores de Frejat e de Rodrigo Rollemberg (PSB) procuraram o partido em busca do potencial dos três deputados distritais e um federal eleitos este ano: Robério Negreiros, Rafael Prudente, Welllington Luiz e Rôney Nemer. ;Ouvimos muita gente, mas a definição será tomada de forma unida. Vamos agir de maneira colegiada;, disse, ontem à tarde, no plenário da Câmara Legislativa, o distrital reeleito Wellington.
Segundo distrital mais votado, com 25.646 votos, Robério Negreiros explicou que as discussões estão em fase de amadurecimento, mas que a decisão não deve demorar a ser tomada. ;Estamos conversando tudo de maneira muito racional. Seja qual for o caminho a ser adotado, será definido pelo partido como um todo. Estamos conversando internamente;, repetiu o discurso. As conversas vinham sendo feitas entre Filippelli, lideranças da sigla e os parlamentares eleitos.
Oficialmente, o PMDB-DF decidiu o posicionamento por meio de nota, na noite de ontem. Trecho dela esclareceu que ninguém poderá usar o nome de Filippelli ou da legenda, ;atribuindo-lhes declarações inverídicas, que só servem para confundir os eleitores;. O comunicado acrescentou ainda que o principal desafio do vice-governador a partir de agora é continuar colaborando com Agnelo Queiroz na condução do mandato até 31 de dezembro.
A neutralidade, no entanto, não indica que as bases eleitorais do partido seguirão caladas no segundo turno. A declaração dos dirigentes partidários, ao não se posicionarem por nenhum dos candidatos, abre caminho para que tanto Frejat quanto Rollemberg briguem pelo patrimônio que o partido acumulou ao longo dos anos e no primeiro turno. Para se ter ideia, sozinho, a sigla foi a segunda mais votada para a Câmara Legislativa, com 145.663 votos ; ficou apenas atrás do PT, votado 177.298 vezes.