postado em 08/10/2014 07:36
Dilma Rousseff (PT) tem prazo de 30 dias para explicar a denúncia de que a estrutura da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) foi utilizada politicamente para favorecer a campanha da presidente e de outros petistas. Os Correios distribuíram 4,8 milhões de panfletos da presidenciável sem chancela ou estampa digital. A justificativa oficial foi que houve uma ;exceção; prevista nas regras da estatal.[SAIBAMAIS]O procurador da República Frederick Lustosa de Melo, do Ministério Público Federal do DF, estuda se há indícios de improbidade administrativa por parte dos envolvidos no episódio. Além de Dilma, Melo pediu explicações do presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, do deputado Durval Ângelo (PT-MG) e de três diretores regionais da ECT. Caberá ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, decidir se o pedido de explicações será enviado à presidente.
Uma representação do PSDB motivou investigação preliminar da Procuradoria da República no Distrito Federal. O partido incluiu na denúncia um vídeo divulgado por um jornal em 19 de setembro, no qual o deputado estadual Durval Ângelo (PT-MG) afirma que o bom desempenho de Dilma nas pesquisas em Minas ocorria porque ;tem dedo forte dos petistas dos Correios; atuando na campanha.
Tanto Dilma quanto o presidente dos Correios negaram irregularidades na distribuição de panfletos. A petista considerou a denúncia ;um equívoco monumental; e ;um factoide;. Já Wagner Pinheiro, nomeado por Dilma em 2010, disse que a ;exceção; está prevista no manual dos Correios, e que casos semelhantes são frequentes, já tendo ocorrido com outros candidatos.