Daniela Garcia
postado em 09/10/2014 10:30
Derrotada no primeiro turno das eleições, Marina Silva afirmou que vai ser "crucificada" seja qual for a decisão de apoio no segundo turno da disputa presidencial. A informação é de pessoas próximas à ex-senadora. Já está claro que a candidata não apoiará a reeleição da petista Dilma Rousseff.[SAIBAMAIS] Marina Silva, que está em São Paulo, vai tomar a decisão após a reunião de líderes da coligação que apoiava a candidatura da ambientalista, nesta manhã de quinta-feira (9/10), em Brasília. Na ocasião também serão definidos planos de governo que o candidato Aécio Neves (PSDB), terá de adotar em troca do apoio.
"Não será uma negociação", declarou o porta-voz da Rede, Walter Feldman, sobre o conteúdo do programa que o grupo deseja incorporar aos planos de governo tucanos. Fim da reeleição e aceno a questões agrárias e ambientais devem estar entre os tópicos.
Na reunião, estão presentes líderes do PSB, Rede, PHS, PRP, PPS e PPL. O PSL não mandou representantes. Feldman comentou a ausência da ex-senadora: "Ela [Marina] achou que, se viesse, não teria o protagonismo dos partidos, ela seria o foco das atenções. Agora, portanto, haverá o protagonismo dos partidos. Ela achou que estaria mais correto nesse momento os partidos expressarem livremente a sua manifestação a partir das decisões nacionais de suas Executivas."
"Não vamos antecipar a decisão porque eu não sei qual vai ser o depoimento dela [Marina]. O que eu consigo agora é sintetizar o posicionamento da Rede. Só lembrando que a Marina é candidata da coligação. É claro que ela vai levar em conta a posição da Rede, mas ela quer receber o posicionamento dos outros partidos", disse o porta-voz.