Eleições 2014

Duelo entre Aécio e Dilma envolve estratégias para reforçar os próprios domínios

Analista diz que o sucesso na empreitada depende de conjugar o discurso econômico com a manutenção das políticas sociais

Paulo Silva Pinto, Paulo de Tarso Lyra
postado em 12/10/2014 08:03
Passado o primeiro turno das eleições presidenciais e a consolidação das cidadelas eleitorais de Aécio Neves (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), os estrategistas e os exércitos de cada um dos oponentes definem como atacar as fortalezas adversárias no segundo turno. Com votação melhor no Sul e no Sudeste, o tucano quer garantir seu eleitorado nessas regiões e buscar o voto de Marina no Nordeste, assegurando que não vai acabar com os programas sociais. Já a petista quer melhorar ainda mais a votação no Nordeste, ciente de que, em 2010, o desempenho dela na região foi superior ao deste ano.

A prioridade não significa que outros pontos do país serão deixados de lado, apenas que é fundamental concentrar as ações em locais com mais chances de êxito, uma vez que o segundo turno das eleições dura apenas três semanas. ;No Nordeste, vamos nos concentrar em Pernambuco, na Bahia e no Ceará. Não nos esqueceremos, claro, de São Paulo e do Sul, além dos debates na televisão;, disse um dos generais da campanha dilmista.

A própria Dilma admitiu, durante encontro com aliados na terça-feira, que não teve votos em São Paulo. Pessoas próximas a ela tentam minimizar os resultados ruins no maior colégio eleitoral do país, lembrando que ela venceu Aécio em Minas Gerais ; reduto do candidato tucano ;, e o PT conquistou o governo local.

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Mas a avaliação corrente é bem menos otimista. O próprio PT não tem grandes esperança de conseguir muito mais votos em São Paulo do que os obtidos no primeiro turno. Os petistas mais cautelosos entendem que os votos dados a Marina e a outros candidatos tendem a ser destinados a Aécio. Por isso, o partido quer apenas manter o pouco que conseguiu no estado e lutar para ampliar a votação na Região Nordeste.

Os redutos dilmistas também parecem quase inexpugnáveis para os exércitos tucanos. ;No Nordeste, é difícil (para a oposição crescer). O povo, sobretudo no sertão, depende muito do governo, não só do Bolsa Família. Mesmo assim, esperamos que Aécio tenha 35% dos votos no Ceará no segundo turno;, disse o senador eleito pelo estado, o tucano Tasso Jereissatti. Para o PSDB, seria um resultado muito melhor do que o obtido em 2010, quando o presidenciável José Serra teve, no estado, apenas 16,36% dos votos válidos no primeiro turno e 22,65% no segundo.

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