postado em 13/10/2014 15:53
O vice-presidente da República e presidente nacional do PMDB, Michel Temer, disse nesta segunda-feira (13/10) que a divulgação de depoimento de Paulo Roberto Costa "não é útil" para as eleições. O candidato a mais um mandato como vice ao lado de Dilma Rousseff (PT) esteve em São Paulo para encontro com cerca de 600 lideranças peemedebistas do estado."Não quero dizer que há motivação eleitoral, mas que não é útil para as eleições", disse Temer sobre a divulgação do depoimento de Paulo Roberto Costa. "A Justiça não pode se prestar a isso e não se presta a essa finalidade", completou.
Costa, ex-diretor da Petrobras, depôs na última quarta-feira à Justiça Federal sobre o esquema de corrupção na Petrobras, investigado pela Operação-Lava Jato, da Polícia Federal.
Temer ainda negou a informação fornecida por Costa, sobre a propina supostamente destinada ao PMDB dentro do esquema de corrupção. "Não há nenhum interlocutor do PMDB. Cita-se um individuo como interlocutor do PMDB. Eu não sei quem é. O PMDB jamais teve interlocutores para cuidar destes assuntos. Toda vez em que houve contribuições para o PMDB, foram dentro da legalidade eleitoral."
Eleições
Temer participou de um encontro das principais lideranças do PMDB paulista, em São Paulo. Além de prefeitos do estado, estavam na reunião deputados eleitos e reeleitos, ministros e o presidente do PSD e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab.
[SAIBAMAIS]O candidato a vice de Dilma discursou defendendo o governo da petista e pedindo aos peemedebistas que vão para as ruas pedir votos para a presidente. Também exaltou a união do PMDB, na qual residiria a força do partido - e não só para 2014. Temer valorizou a mobilização das lideranças de São Paulo, "em plena segunda-feira".
"Mais que a minha eleição e a da Dilma, isso significa que em 2016 vamos ter mais prefeitos em São Paulo; em 2018 vamos eleger o governador de São Paulo e, porque não dizer, que em 2018 vamos lançar candidato à Presidência da República", projetou.
Indiretas
Temer minimizou eventuais apoios de nomes do partido à candidatura de Aécio Neves. ;São alguns dissidentes que não cumprem a determinação nacional do partido. Há um ou outro deputado que pode não nos apoiar, mas é simplesmente uma dissidência;.
Sem citar o nome do adversário de Dilma Rousseff em nenhum momento, cutucou indiretamente o tucano. Temer criticou os candidatos de oposição que elogiam os programas do governo e prometem apromirá-los. ;Então para que mudar o governo? Se os programas restão adequados, temos que renovar o mandato;, defendeu,