postado em 14/10/2014 22:37
O primeiro debate do segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB) começou com ataques de ambos os lados, como já era esperado. Logo de cara, Aécio acusou Dilma de ser "candidata de oposição": "Quem vê a sua campanha não acha que a senhora governou o Brasil todos esses anos". Dilma não deixou barato e retrucou na mesma moeda: "Quem vê as suas propostas pensa que o senhor é um candidato da situação", alfinetou, em referência à promessa do tucano de dar continuidade a programas sociais vigentes.As faíscas entre os dois se deram logo na primeira pergunta entre os candidatos. Dilma escolheu a saúde como tema para a primeira questão a Aécio. Acusou a oposição de ter votado contra a manutenção da CPMF, que fez com que a saúde pública perdesse R$260 bilhões, segundo Dilma. A petista citou o Tribunal de Contas de Minas Gerais (TC-MG) para acusar Aécio de ter deixado de investir R$7,6 bilhões em saúde quando foi governador do estado.
Na resposta, Aécio lembrou que as contas da gestão à frente de Minas foram aprovadas pelo TC-MG e criticou a contabilidade criativa do PT. "O governo da senhora chegou a considerar investimentos no Bolsa Família como investimento em saúde". Disse que o próprio Ministério da Saúde de Dilma reconhece Minas como o estado que tem a melhor qualidade de saúde da Região Sudeste.
O tucano disse ainda que pretende continuar os programas sociais, caso eleito. "Claro, os bons projetos estão aí para serem continuados. Ninguém é dono do projeto". Provocativo, Aécio deu uma alfinetada final: "A impressão que eu tenho é que temos dois candidatos de oposição. Quem vê a sua campanha não acha que a senhora governou o Brasil todos esses anos".
"Quem vê as suas propostas pensa que o senhor é um candidato da situação, porque as únicas propostas no social que o senhor apresenta são a continuidade dos meus projetos", retrucou Dilma.
"Não repita a oposição tão desqualificada que o PT fez ao nosso governo", rebateu Aécio na tréplica. Ainda falando sobre saúde, prometeu investir no Programa de Saúde da Família, formar mais médicos no Brasil e reajustar a tabela do SUS. "O que não podemos aceitar é a discriminação odiosa em relação aos cubanos, que recebem um terço do que os médicos de outros países", disse ainda sobre o Programa Mais Médicos.