postado em 17/10/2014 08:47
A proposta de instituição de tarifa única de R$ 1 foi a principal estratégia adotada pelo candidato do PR, Jofran Frejat, durante debate promovido pelo Correio e pela TV Brasília. Ele se referiu ao tema várias vezes para tentar colocar o adversário, Rodrigo Rollemberg (PSB), em confronto. Disse que o concorrente não externou se concorda ou não com a ideia. ;Quem é contra é porque não anda de ônibus, apertado como sardinha na lata;, disse o ex-deputado. Depois do embate, em entrevista, também voltou a alfinetar o socialista sobre o assunto. ;Precisamos saber o que o meu adversário pensa a respeito do assunto, afinal, é algo que vai mudar a vida de muita gente e trazer benefícios para a população;, disse. Frejat explicou que vai retirar recursos do IPVA para garantir o subsídio da passagem mais barata.Em diversos momentos, Frejat tentou colar a imagem do adversário à do atual governador, Agnelo Queiroz (PT), do qual Rollemberg foi aliado na campanha passada (2010), quando se elegeu para o Senado. ;O DF não pode, novamente, mergulhar em uma aventura. Ele (Rollemberg) é o Agnelo 2. É a repetição do fracasso que foi este governo;, alfinetou. A insistência em colar as duas imagens foi tamanha que, em determinado ponto do debate, Frejat chegou a chamar o senador pelo nome do governador. ;Ô, Agnelo; Me desculpe, Rollemberg.;
Frejat demonstrou irritação ao longo de todo o debate. Ele e o adversário trocaram farpas e acusações, definindo um ao outro com termos como ;mentiroso; e ;leviano;. Além de ter usado a tarifa única para atacar Rollemberg, o candidato do PR também trouxe à mesa do debate um suposto favorecimento do senador a familiares, quando ocupou cargo de segundo escalão no Ministério da Ciência e Tecnologia do governo Lula. ;Eu sabia que você era incompetente. Mas, mentiroso, é a primeira vez. Eu não tenho histórico de beneficiar parentes, como você fez quando estava no Ministério de Ciência e Tecnologia. Também não fiz emendas para beneficiar minha família;, apontou.
Experiência
O candidato do PR quase se descontrolou em alguns momentos, com o adversário a menos de um metro de distância. Afirmou que mudou a opinião a respeito de Rollemberg. ;Ele fica falando que tenho compromisso com Luiz Estevão. Você é uma pessoa pela qual eu tenho, aliás, tinha consideração. Mas, depois disso, não terei mais;, avisou. Para Frejat, o concorrente passou a ser outra pessoa. ;O Rodrigo mudou. Ele me convidou para entrar no partido dele. Rodrigo, não faça isso. Está muito feio. Sempre te considerei muito e fiz muitos elogios. E, de um momento para o outro, você vira uma pessoa mentirosa e leviana;, acrescentou.
Outra estratégia usada por Frejat ao longo do debate, que foi dividido em três blocos, foi comparar a experiência ; foi quatro vezes secretário de saúde e cinco vezes deputado federal ; com uma suposta inexperiência de Rollemberg. ;As pessoas precisam saber quem tem capacidade para fazer de verdade. Eu, todas as vezes que fui convocado para resolver os problemas da saúde, resolvi. Vamos recuperar essa cidade porque temos experiência e conhecimento para fazer;, garantiu.
Frejat também insistiu em prováveis trocas de lado de Rollemberg ao longo da carreira política. O candidato do PR afirmou que o adversário já foi do primeiro escalão do governo Lula (PT), participou do governo Dilma Rousseff (PT) e, no primeiro turno, esteve ao lado de Marina Silva, candidata derrotada do PSB à Presidência. ;E, agora, ele troca de novo e vai para o lado do Aécio. Isso, para mim, me desculpem, é oportunismo;, destacou.
Frases:
"O meu adversário já demonstrou claramente que é contra a tarifa de 1 Real. Ele não propôs, não conhece o sistema e não sabe como fazer para pagar. Ele fazia parte do governo Agnelo, que fez uma proposta de transporte que não funcionou. Ele é o Agnelo 2"
"Ô Agnelo, desculpe, Rodrigo... Eu não tenho padrinho político. Mas você tem o Agnelo, que pediu votos para você e você pediu para ele em 2010"
"Eu sabia que você era incompetente. Mas, mentiroso, é a primeira vez. Eu não tenho histórico de beneficiar parentes, como você fez quando estava no Ministério de Ciência e Tecnologia. Também não fiz emendas para beneficiar minha família"