postado em 18/10/2014 08:00
A uma semana do segundo turno, o Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília estabeleceram uma parceria para ajudar o eleitor a escolher o próximo governador do Distrito Federal. A partir de um estudo realizado desde o ano passado, a entidade reuniu perguntas de vários segmentos da sociedade religiosa e civil a fim de passar aos candidatos a um lugar no Palácio do Buriti.
No primeiro turno, a própria Arquidiocese organizou um debate com os concorrentes. No segundo turno, a instituição católica e o Correio reuniram cinco temas para que Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR) respondam de forma prática e com propostas concretas.
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;O Correio Braziliense e a Comissão Justiça e Paz da Arquidiocese de Brasília, respeitando seus princípios e valores, estão oferecendo à população do Distrito Federal um serviço: apresentar o posicionamento dos dois candidatos ao GDF em segundo turno das eleições de 2014, Rodrigo Rollemberg e Jofran Frejat, sobre questões elaboradas a partir de temas relevantes e ordenadas de acordo com as respostas por eles encaminhadas;, diz parte do documento de apresentação escrito por integrantes da comissão.
Na edição de hoje, os candidatos abordam os seguintes temas: gestão da cidade, mobilidade urbana e qualidade de vida. Amanhã, infraestrutura, desigualdade social e desenvolvimento entram na pauta. Nos três dias seguintes, Rollemberg e Frejat vão tratar de política. Na segunda-feira, será abordada em relação à corrupção; na terça-feira, a questão da Câmara Legislativa e os apoios para aprovação de projetos; e na quarta-feira, a entrada de aspectos morais nas agendas legislativa, governamental e social.
O Distrito Federal apresenta desafios funcionais, espaciais, ambientais e estratégicos que se distanciam da utopia do plano diretor original, muitos colocados de forma antagônica (meio ambiente x moradia; atividade econômico-produtiva x reservas estratégicas etc). Além disso, as atuais estratégias de superação da crise de mobilidade urbana no DF não têm alcançado o efeito esperado. Somos uma cidade que permite a exclusão socioespacial, distancia os mais necessitados e sacrifica a qualidade de vida de todos. Como seu governo vai enfrentar esses desafios no campo habitacional, ecológico, humano e tecnológico nos próximos quatro anos e quais serão as medidas e as políticas para mudar esse quadro?
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A PERGUNTA DA ARQUIDIOCESE: GESTÃO DA CIDADE, MOBILIDADE URBANA E QUALIDADE DE VIDA
RODRIGO ROLLEMBERG (PSB)
Nós vamos recriar o Instituto de Planejamento Territorial para que o DF se desenvolva com sustentabilidade. Revisaremos o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT) com a participação de todos os segmentos da sociedade, a fim de garantir a ocupação ordenada do território e a preservação do conjunto urbanístico de Brasília. Faremos isso com o propósito de superar a segregação espacial, dinamizar as cidades e a área rural, descentralizar a geração de emprego e renda, e reduzir o deficit habitacional, sobretudo para as famílias que têm renda de zero a três salários mínimos. Para garantir a expansão ordenada da cidade, em primeiro lugar, identificaremos as áreas passíveis de adensamento sem agressão ao meio ambiente. Posteriormente, buscaremos novas áreas para expansão. O critério fundamental será a existência de infraestrutura adequada e a oferta de serviços públicos de qualidade para todos. No processo de desenvolvimento de Brasília, a ciência e a tecnologia serão instrumentos orientadores de políticas de geração de emprego e renda, e de qualificação dos serviços.
JOFRAN FREJAT (PR)
O homem será o princípio, o meio e o fim de todas as ações governamentais. Desde o primeiro momento, consta do nosso Plano de Governo: as políticas setoriais de habitação, meio ambiente, saneamento básico e mobilidade urbana serão articuladas. O tecnológico permeia todos esses campos. Para enfrentar os desafios desses setores e de outros tantos que compõem as tessituras urbana e rural, há dois caminhos que se completam: primeiro, educação integral, formadora do profissional, mas, principalmente, do cidadão, concebido em sua dimensão plena; segundo, recursos para implementar as ações. Hoje, o GDF, devido ao inchaço administrativo, conta com apenas 1% de seu orçamento para investimento. Os restantes 99% são consumidos com o custeio de uma administração autofágica. Nos primeiros dias, reduziremos o número de secretarias, diminuiremos o número de cargos comissionados, vamos enxugar a máquina, reduzir custos; vamos, por meio da eficiência tributária, aumentar a arrecadação, sem aumentar impostos; captaremos recursos públicos e privados para investimentos; vamos fomentar a atividade produtiva, fortalecer o desenvolvimento.