postado em 19/10/2014 08:04
O desafio de fazer a taxa de inflação convergir para o centro da meta anual do governo, de 4,5%, expôs diferenças entre a presidente Dilma Rousseff (PT), candidata à reeleição, e o seu adversário Aécio Neves (PSDB). Eles personificam pensamentos antagônicos sobre como domar os preços sem, contudo, sacrificar empregos e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Uma das duas posições divergentes conduzirá o país a partir de 2015, conforme o resultado do segundo turno das eleições, no próximo domingo.A julgar pela equipe de Aécio, tudo leva a crer que, se eleito, haverá uma ruptura na condução da economia. Já nomeado ministro da Fazenda num eventual governo tucano, o ex-presidente do Banco Central (BC) Arminio Fraga, que não é filiado ao PSDB, defende uma guinada à ortodoxia. A ideia do economista é trazer de fato o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) dos atuais 6,75%, acumulados em 12 meses até setembro, para 4,5% ao ano. Com isso, o governo sinalizaria ao setor privado que persegue mesmo o centro da meta, e não o teto dela, de 6,5%.
Isso seria o oposto do que fez Dilma, que, durante um terço do mandato, conviveu com preços acima da margem de tolerância para o IPCA. Em quatro anos, a meta de inflação não foi alcançada em nenhum mês sequer. O patamar mais baixo obtido foi 4,92%, em julho de 2012. Tamanho descaso serviu como combustível às expectativas de inflação. ;Se o empresário entende que os preços vão subir muito no futuro, ele já reajusta os valores que pratica hoje, de forma a se precaver contra perdas que ainda nem teve;, explica Roberto Luis Troster, ex-economista-chefe da Federação de Bancos (Febraban).
A matéria completa está disponível aqui, para assinantes. Para assinar, clique aqui.