postado em 20/10/2014 07:12
No penúltimo debate televisivo antes do segundo turno no Distrito Federal, ontem, na Rede Record, os candidatos ao Palácio do Buriti, Rodrigo Rollemberg (PSB) e Jofran Frejat (PR), tiveram um discurso comum: tentaram impor ao concorrente uma possível ligação com o governador atual, Agnelo Queiroz (PT). O concorrente do PR adotou essa tática desde o início da disputa da segunda etapa e, há poucos dias, o socialista também aderiu so mesmo roteiro. Ambos tentam transferir para o adversário os mais de 40% de rejeição da atual gestão. Esquecem-se, no entanto, de que precisam também conquistar o eleitor do petista ; que obteve 307,5 mil votos no 1; turno, correspondente a 20,07%. Nas considerações finais, porém, pediram apoio a todos os eleitores que escolheram outros candidatos no turno inicial.
Frejat seguiu no caminho de críticas ao atual governo, ;do qual você, Rodrigo (Rollemberg), fez parte;. O ex-secretário de Saúde voltou a citar que o senador foi eleito pela coligação de Agnelo Queiroz em 2010,teria indicado servidores para ocupar cargos comissionados e assumiu, com o então grupo aliado, compromissos que o atual governo não teria conseguido cumprir. Rollemberg rebateu. Destacou que o partido de Frejat, PR, esteve na base de Agnelo até abril desde ano e pôde indicar ocupantes de secretarias e de outros cargos comissionados. ;Já o PSB saiu do governo em 2012, quando a gente viu que as coisas não iam por um bom caminho e pensávamos diferente;, disse. Frejat disse que, apesar de ser do PR, não teve ingerência política no GDF.
Na última semana, durante debate organizado pelo Correio Braziliense e pela TV Brasília, os dois candidatos que disputam a preferência do brasiliense adotaram discurso mais agressivo e se atacaram. Houve acusações de ambos os lados sobre mentiras e falsas promessas. A situação foi tão tensa que, no fim do encontro, eles nem se cumprimentaram. Ontem, no fim da tarde, no evento promovido no Museu Nacional da República, eles baixaram o tom e usaram mais tempo para mostrar ao eleitor o pretendem para Brasília.
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Ainda assim, novamente, em mais de um oportunidade, classificaram o oponente como mentiroso. Nos cumprimentos iniciais, os dois se mostraram frios e, no encerramento, cada um saiu por um lado. Há, claramente, um desconforto entre ambos. Frejat citou trecho de um discurso proferido por Rollemberg na Câmara, quando o senador era deputado federal, no qual o peesebista elogiava o hoje candidato pelo PR. ;Você estava mentindo antes ou agora?;. A plateia precisou ser contida várias vezes pelo mediador do debate por interferir com gritos, aplausos e vaias, o que é proibido.
O formato do encontro, com perguntas livres entre os candidatos, questões com temas sorteados entre os concorrentes, de jornalistas e da população, possibilitou que alguns assuntos voltassem mais de uma vez à mesa, como saúde, educação, segurança pública e transporte coletivo. Nesse último caso, Frejat garantiu mais uma vez que vai estabelecer a tarifa única de R$ 1 para o sistema, garantindo que é possível executar a promessa. ;No primeiro dia de governo, eu vou fazer isso;, disse o candidato do PR. ;Essa é uma proposta eleitoreira. O povo não é mais bobo;, rebateu Rollemberg. A integração do DF com o Entorno também ocupou parte do debate.
Com o partido
Deputada distrital eleita Telma Rufino (PPL-DF) vai seguirá o entendimento do partido e apoiará o candidato Rodrigo Rollemberg na disputa pelo segundo turno ao Buriti, diferentemente do publicado na edição de ontem.