Paulo de Tarso Lyra
postado em 21/10/2014 06:04
O tom mais ameno, menos agressivo e mais propositivo no debate entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB), na noite de domingo, baseou-se em pesquisas internas das campanhas petistas e tucanas mostrando que os ataques mútuos e a selvageria dos últimos encontros já não surtiam o mesmo efeito de antes. Além disso, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em um primeiro momento de forma teórica e ao longo do fim de semana de maneira efetiva, posicionou-se contra o vale-tudo político. Mas nenhum especialista nem as respectivas candidaturas sabem dizer até quando o cessar-fogo vai durar.Um estrategista da campanha dilmista lembra que, apesar dos ataques mútuos e das tentativas de desconstrução das respectivas candidaturas, o embate travado até o momento nas redes sociais está mais civilizado do que o ocorrido em 2010, quando Dilma enfrentou, na corrida pelo Planalto, o hoje senador eleito José Serra (PSDB). ;Quatro anos atrás a internet foi inundada por temas como aborto e opções sexuais. Apesar de esses assuntos terem ajudado nas eleições de alguns deputados, os debates morais ficaram de fora das campanhas majoritárias. A avaliação é de que isso mais tira do que arrebanha votos para presidente;, justificou o dilmista.
Para o advogado constitucionalista Erick Wilson Pereira, autor do livro Direito Eleitoral ; Interpretação e Aplicação das Normas Constitucionais-Eleitorais, a atual disputa entre PT e PSDB alterna entre o princípio constitucional do acesso à informação e outro, também previsto na Constituição Federal, do direito à liberdade de manifestação de opinião. ;Quando você potencializa para critérios como qualidades e defeitos do candidato, você transborda essa raia de legalidade e passa a trazer injúrias, calunias e difamações;, disse Erik.
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