Eleições 2014

Pastor Everaldo descarta ocupar cargo no governo caso Aécio vença

Pastor Everaldo acredita que a população visualiza a mudança na figura do tucano

postado em 21/10/2014 08:13
Nas ruas em campanha por Aécio Neves (PSDB), o candidato derrotado à Presidência da República Pastor Everaldo (PSC) descarta ocupar cargo no governo caso o tucano vença a disputa. ;Queria ser presidente. Se não deu, não quero nenhum outro cargo público;, disse ele ao Correio, no aeroporto de Brasília, entre idas e vindas pelo país para fazer campanha a favor do senador mineiro. Dono de 780 mil votos ; 0,75% dos válidos no primeiro turno ;, Pastor Everaldo acredita que a população visualiza a mudança na figura de Aécio Neves. O candidato derrotado acusa o PT de ser o responsável por dividir o país, fazer terrorismo e promover ;mentira e corrupção;. Confira trechos da entrevista.

O país está dividido por causa das eleições?
Com muita tristeza. O atual governo está fazendo isso, está dividindo o Brasil. Lamentavelmente, porque somos um país pacífico, ordeiro, de povo trabalhador. O atual governo conseguiu conduzir o país para esse momento de tristeza, para essa rivalidade, não se preocupando com o bem estar do povo.

Mas o tom do debate não se elevou dos dois lados?
Não, mas olha só: o Aécio não poderia deixar de reagir aos ataques que sofreu. Ele não atacou em momento algum, não atacou.

O Aécio está apenas reagindo?
Eu vejo assim: reagindo, e tinha que reagir bem. O foco deste governo que está aí é corrupção para tudo quanto é lado e, agora, apelam ao medo, dizendo que vão acabar com programas sociais. Isso é terrorismo puro.

E o clima tende a esquentar mais nesta reta final;
Fim de campanha é assim: está todo mundo na rua. Eu estava na Bahia hoje (sexta-feira), com lideranças da região, do partido. Eu poderia estar em casa, descansando, mas estou na rua trabalhando. Vou ao Rio de Janeiro, depois a Campo Grande, Maranhão, Ceará... Esta semana, vou trabalhar, arregimentar o que for preciso. A verdadeira mudança que o país precisa é o Aécio.

Os evangélicos estão com o tucano, segundo as pesquisas.
Vocês têm que entender que o evangélico é um cidadão comum. Ele paga imposto, precisa de escola, saúde, segurança pública. Precisa de liberdade para empreender, para desenvolver o país. Estamos todos no mesmo barco, é tudo a mesma coisa. Na hora do voto, não tem cor, não tem crença. O evangélico é uma parte da população que quer o melhor para o Brasil.

O senhor confia nas pesquisas?
Sempre encarei as pesquisas como retrato de um momento. Agora, é claro que os resultados ficaram muito fora da margem de erro. Então, temos que trabalhar.

As pesquisas dizem que, apesar do empate técnico, Aécio estaria com uma ligeira vantagem.
Ele está na frente, mas não pelas pesquisas. Sei que ele está na frente porque sinto isso nas ruas. No primeiro turno, a maioria votou contra o atual governo. Nós vamos ganhar.

Em caso de vitória do Aécio, que cargo o senhor teria no governo?
Sou um cidadão comum, tenho minha vida e não penso nisso. Não há hipótese de eu ter qualquer cargo em governo. Não tenho nenhum interesse, nenhum interesse mesmo. Sou da iniciativa privada. Queria ser presidente. Se não deu, não quero nenhum outro cargo público.

E valeu a pena querer ser presidente?
Ah, valeu. Ando por aí e as pessoas falam comigo, dizem que apoiam minhas propostas. Foi bom. Tenho minha vida estabelecida.

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